Street Fighter II (1991) foi definitivamente o jogo de luta que mais me marcou na infância. Uma ano depois, viria o Mortal Kombat, que tinha uma proposta de ser mais gore e com gráficos "realistas", bem diferentes do visual de anime do SF. Bem poderia ser o segundo jogo de luta na minha lista de infância, só que este lugar já pertence a outro, um joguinho menos famoso: Pit-Fighter (1990).
Pit-Fighter foi lançado pela Atari e rodava em diversas plataformas, até mesmo no MS-DOS. Experimentei o jogo no Mega Drive, na época em que eu ia para as locadoras, precursoras das lan houses.
A diferença na qualidade gráfica de Pit-Fighter para Street Fighter II é notável, bem como a jogabilidade, todavia Pit-Fighter tem seu charme. Adotava um visual simulando o realismo, pois os bonequinhos eram digitalizações de atores humanos (método semelhante seria usado em Mortal Kombat).
A jogabilidade era bem mais simples que a de SF ou MK. Não tinha todas as combinações de ataques especiais, nem muita variedade de personagens jogáveis. Era uma simulação de luta livre underground, com socos, chutes, agarrões e voadoras, mas tinha até uns curiosos golpes que nem Street Fighter nem Mortal Kombat tinham, como a possibilidade de você ficar pisando e dando joelhadas no oponente já caído no chão. É, dava pra jogar sujo. Eu diria que era o golpe mais satisfatório do jogo, ficar castigando o oponente caído.
Também a interatividade com o cenário superava os dois grandes jogos de luta da época. Era possível catar facas, estrelinhas e bastões largados no chão, bem como baús, motos e caixas que você podia arremessar na cabeça do inimigo. Também tinha um item que te deixava mais poderoso. Era o ultimate do jogo. Só que os inimigos podiam catar o item também, aí você se lascava.
Além disso, o cenário era cercado por uma multidão que assistia a luta, torcendo, mas também se intrometendo. Tinha uns caras na torcida que te empurravam se você chegasse perto, tinha a mulher da faca, que vinha pra cima com uma faca e você podia derrubá-la pra tomar a arma. Era um nível de interatividade com os "figurantes" do cenário que até hoje não é comum de se ver neste tipo de jogo.
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