Ela vivia
como quem está sempre em despedida,
sempre pronta pra partir,
sempre de malas na cama.
Quando ela dança,
balança as mechas, sorri, se agita,
às vezes flerta
com quem está à sua volta.
"Viver como quem vai viajar".
Ela falava.
As suas malas
levavam só o essencial.
Um dia fui em sua casa,
mas não estava.
Calçou sandálias,
pegou a estrada.
Ela era boba.
Era uma louca.
Não conhecia
os mistérios da vida.
A única coisa
em que era mestra
é que sabia
quando partir.
(24,04,2012)
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