A alma humana jamais é imortal.
É perpétua, é cíclica, renasce.
Está presa ao rigoroso impasse
de jamais ter início ou ter final.
Ela é como um espelho que se olha
noutro espelho e vê-se então caindo
no seu próprio reflexo, no abismo.
Uma Esfinge que a si mesma devora.
Nossa vida é feita de velórios.
Enterramo-nos, somos os coveiros
de nós mesmos e, após fazê-lo,
renascemos e a vida nos acolhe.
Pois viver é morrer constantemente,
é mudar, é não ser o mesmo sempre.
(07,04,2012)
Nenhum comentário:
Postar um comentário