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Mulher-Gato ou O Diabo Veste Prada da DC

Catwoman (2004)

Filmes de super-heróis têm seus altos e baixos. Ora vem um blockbuster ou mesmo um ganhador de Oscar, ora uma tosqueira. No caso da tosqueira, temos alguns exemplos na Marvel e na DC como os filmes do Demolidor (2003), Elektra (2005) e o Lanterna Verde (2011), que inclusive veio quando a Marvel já estava a todo o vapor com seu novo MCU, um ano antes de chegar o primeiro e marcante filme dos Vingadores. Pra não ficar só na Marvel e DC, também temos um caso na Image, com o tosco Spawn, lá em 1997.

O filme da Mulher Gato (2004) é mais um desta categoria. Foi dirigido por um francês iniciante na carreira e que atendia pelo pseudônimo de Pitof. Catwoman rendeu a Pitof o inesquecível prêmio da Framboesa de Ouro.

A proposta do filme parece ser a seguinte: vamos jogar fora as revistas em quadrinhos que poderiam inspirar o roteiro e em vez disso criamos uma história original e mais "realista", ambientada no mundo da moda e da estética. Pois é, tentaram criar uma espécie de versão super-herói para O Diabo Veste Prada (que, aliás, veio dois anos depois).

A Mulher-Gato foi interpretada por Halle Barry (que antes fora a Tempestade nos filmes dos X-Men), uma dublê em algumas cenas acrobáticas e um boneca de CGI com uma texturização digna do início dos anos 2000. Mas ok, demos um desconto aos efeitos especiais. O que mata mesmo é a história que não tem nada a ver com a Selina Kyle. Inclusive até o nome dela mudaram. Agora era Patience Phillips.

Anne Hathaway as Catwoman; Batman Rises (2012)
Sensualizando na motinha.

Patiente é uma garota tímida e insegura que, após um acidente, é lambida por vários gatos e ganha superpoderes (e não eram gatos radioativos). Ela trabalha em uma empresa de cosméticos dirigida pela megera Lauren (Sharon Stone), que é o equivalente à Miranda (Meryl Streep) de O Diabo Veste Prada, enquanto Patiente é comparável à Andrea Sachs (Anne Hathaway).

Como a história tem toda essa ambientação de mundo da moda e cosmética, a vilã, Lauren, desenvolve superpoderes, vejam só, como resultado de efeito colateral do creme para pele que ela usa, deixando sua pele dura como mármore. Bem que a Mulher-Gato podia ter desenvolvido unhas super fortes após usar um esmalte desta empresa.

Falando em O Diabo Veste Prada e Mulher-Gato, coincidentemente a Anne Hathaway alguns anos depois se tornou a própria Mulher-Gato, no filme do Batman de 2012.

Anne Hathaway sensualizou na motinha, para nossa alegria, e a Halle Berry se esforçou nas coreografias, mas até hoje a melhor e única Mulher-Gato continua sendo aquela da Michelle Pfeiffer, lááá de 1992.

Michelle Pfeiffer as Catwoman; Batman Returns (1992)
Meow!

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