Em 2016 o Ben Affleck já era o Batman. Ele tem uma carreira versátil, de várias fases. Já teve sua época de filmes românticos, já fez filmes cult pra ganhar Oscar e, além de atuar, é diretor e produtor. Ultimamente teve sua fase como brucutu de filme de ação, encarnando o Batman, mas também fez uma versão mais incomum de brucutu em O Contador (2016), um brucutu autista e que trabalha com contabilidade.
O Jon Bernthal ainda não era o Justiceiro. Sua imagem em 2016 era associada ao Shane de The Walking Dead e no ano seguinte ele passaria a ser conhecido como o novo Justiceiro da Marvel¹, papel no qual ele caiu como uma luva.
Em The Accountant os dois atores se encontram e também trocam uns sopapos. Logo, é uma espécie de Batman versus Justiceiro. A química dos dois é ótima. Eles interpretam dois irmãos durões que seguiram por caminhos opostos na vida até que se reencontram num momento de clímax.
O personagem do Ben Affleck é bem interessante. Com um alto grau de autismo, é extremamente concentrado, pouco sociável, robótico e dado a rotinas e hábitos repetitivos. Tendo uma grande inteligência matemática, seguiu a carreira da contabilidade, mas acabou também trabalhando para criminosos.
Ele, portanto, é um caso de lawful neutral. Ele gosta de seguir certas regras e tem seus limites morais, não tem intenção de fazer mal a ninguém, nem mesmo se interessa por isso. Todavia, ele não se importa em trabalhar para mafiosos, já que sua atividade é a mesma independente do cliente: fazer contas. Ele também não é bobo e sabe que tem uma vida de risco, de modo que sua casa é toda equipada com armamentos, ele próprio é treinado em luta corporal e tem uma mira impecável.
A presença da fofurinha Anna Kendrick serve pra balancear este ambiente de brucutus e extrair do contador o seu lado mais empático.
Notas:
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