Até os anos 80, os efeitos especiais dos filmes eram feitos principalmente com a montagem de cenários e figurinos, maquiagem, bonecos de cera ou miniaturas (um grande exemplo são as naves de Star Wars, que eram simplesmente brinquedinhos) e até cenários pintados em grandes telas ao fundo.
Computadores na verdade foram usados nas décadas de 70 e 80 para tarefas simples como a edição de legendas e outros efeitos básicos, mas foi na década de 90 que a computação gráfica (CGI) deu um salto evolutivo. Dois excelentes exemplos disso são Terminator 2 (1991) e Jurassic Park (1993). Estes filmes ainda recorreram bastante aos efeitos práticos, mas a computação gráfica estava ali de uma forma nunca vista antes.
Claro que o bom CGI era um recurso caríssimo, já que era tecnologia de ponta na época. Só filmes de altíssimo orçamento podiam bancar tal luxo. Quem tentou usar CGI com um orçamento menor, acabou produzindo umas tosqueiras visuais que rapidamente ficaram obsoletas. É o caso de Spawn.
A maquiagem pelo menos era ok. |
Spawn foi um fenômeno nos quadrinhos no início dos anos 90. Era o símbolo de uma renovação na indústria, pois tratava-se de uma revista indie, produzida por uma editora recém-fundada, a Image. Sombrio e ambientado literalmente em uma temática infernal, Spawn ousava por sair do modelo de herói certinho e family friendly. Tal foi o sucesso, que cinco anos depois do lançamento da revista resolveram fazer um filme, em 1997.
Não há muito o que se dizer desse filme. O roteiro é ruim mesmo, muito corrido, tentando resumir uma saga que foi desenvolvida durante anos nos quadrinhos. Somado a isso temos o CGI tosquíssimo até para os padrões dos anos 90.
O figurino do Spawn, feito com maquiagem, ficou realmente bom, mas aí tinha momentos em que era preciso usar animações digitais, principalmente na capa animada do Spawn e em toda a batalha final no inferno. Aí o que vemos é um espetáculo de CGI zoado. E é essa a lembrança que ficou do filme.
O figurino do Spawn, feito com maquiagem, ficou realmente bom, mas aí tinha momentos em que era preciso usar animações digitais, principalmente na capa animada do Spawn e em toda a batalha final no inferno. Aí o que vemos é um espetáculo de CGI zoado. E é essa a lembrança que ficou do filme.
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