Um ator pornô é contratado para um ousado filme. A partir daí veremos cenas incomuns no pornô convencional. Em vez de sexo entre atores, vemos uma barbárie sádica. O ator, convidado para participar de um projeto, assiste a uma amostra do que se pretende gravar: um homem grandalhão realiza um parto, dá um tapinha no bumbum do recém-nascido, mas com uma expressão maliciosa, e então realiza atos hediondos, enquanto a mãe assiste com um estranho prazer.
Diante destas cenas o ator exita em gravar, mas embora a consciência e seu senso de moral o perturbem, ele se excita com estas coisas grotescas, de modo que termina voltando ao estúdio. O diretor injeta drogas nele e a partir daí o ator vai agir como um animal descontrolado. Fode uma mulher acorrentada e começa a espancá-la, depois arranca sua cabeça com um facão e continua fodendo o cadáver sanguinolento.
Em outra cena, o grandalhão faz sexo oral em uma mulher acorrentada cuja língua jaz no chão. A mulher morre sufocada. Até o ator é estuprado enquanto dorme drogado. No clímax, o ator ainda drogado é levado a uma cama onde fode uma pessoa coberta com um lençol. Depois fode outra pessoa ao lado, entra um homem mascarado e começa a foder a mulher. O diretor retira os panos e o ator vê que eram a sua esposa e filho.
Segue-se uma cena de loucura. A mulher ataca seu estuprador a mordidas e o ator ataca o diretor, esmagando sua cabeça contra o chão. Depois atacam os outros da equipe, inclusive o grandalhão bizarro, que não tinha um olho. O ator, com o enorme pênis ereto, fode então o olho vazio do grandalhão, numa cena ao mesmo tempo grotesca e cômica.
Depois de tanta loucura, ele leva a esposa e o filho pra casa, onde vivem em catatonia. Ele enfim resolve dar um fim à tragédia. Abraçados na cama os três, ele atira nas costas da esposa, de modo que a bala atravessa a todos e assim morrem juntos.
Eis que um homem está no quarto, com dois rapazes filmando. Ordena que um deles comece a foder os corpos.
Obviamente, A Serbian Film (2010) foi proibido em vários países. É um filme controverso e problemático. Há quem diga que por trás de toda essa barbárie há uma crítica do autor à exploração sexual na Sérvia, ou quem sabe seja uma metáfora para os sofrimentos que o país passou em tempos de guerra.
Também pode ser uma referência ao sadismo da própria indústria cinematográfica, pois, satiricamente, quando o diretor está morrendo com a cabeça esmagada, se empolga com a cena violenta que está se desenrolando e aplaude aquele show de brutalidade.
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