Eu sou o casamento
do ódio e da tristeza.
Minhas cartas na mesa:
a Morte e o Eremita.
Forjado pelo inverno
da solitude e do silêncio,
perdido em pensamentos,
imerso no abismo.
Ferrão escorpiônico
usado em si mesmo
num flagelar dantesco
da própria existência.
Acúmulo de perdas,
mudanças e abandonos.
Um cão livre, sem donos,
vagando em terra erma.
O peso e a leveza
vivendo condensados
na singularidade
de um buraco negro.
(12,08,2019)
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