Caminho aqui nessa fronteira
entre loucura e sanidade,
na divisa entre dois mundos,
entre os que ficam e os que partem.
Os mortos sentam à minha mesa,
sou um fantasma entre os vivos,
domestiquei as minhas bestas,
dos deuses já me fiz amigo.
A linha tênue que separa
ser racional, certo, preciso
ou uma alma que desvaira,
que perde a paz e o juízo.
É nesta linha que caminho,
cambaleante corda bamba,
tendo aos meus pés o negro abismo,
tendo no céu as nuvens brancas.
(18,03,2013)
Nenhum comentário:
Postar um comentário