Qaligrafia
Séries, livros, games, filmes e eteceteras 🧙‍♂️

She-Ra e as Princesas do Poder

She-Ra (2018-2019)

She-Ra fez parte da minha infância, como de muitos que viveram nos anos 80-90. A série original fora produzida em 1985 e 1986 como um spin-off da série do He-Man (1983-1985). De fato, ela era uma versão feminina do He-Man. Ambos tinham uma espada mágica que os transformava em seres poderosos, tinham mascotes guerreiros (um tigre e um cavalo) e os vilões Esqueleto e Hordak também eram bem parecidos. He-Man vivia no planeta Eternia e She-Ra em Etheria.

Hoje tenho vagas lembranças daquela longínqua série, mas sei que foi construído um vasto universo com algumas dúzias de personagens, com vários reinos e cenários, afinal foram nada menos que 93 episódios para desenvolver todo esse She-Raverso.

She-Ra (2018-2019)

Em 2018 a Netflix lançou um reboot que a princípio causou alguma estranheza por causa do visual (diferente da série clássica, a She-Ra e outros personagens são bem mais novos, crianças de fato), mas a história não perde em nada em termos de construção de universo. Quando comecei a assistir já criei um interesse nos primeiros episódios por aquela mitologia recriada e conseguiram desenvolver isso muito bem, mesmo com temporadas tão curtas de pouco mais de 10 episódios.

Um detalhe interessante é que a série original se chamava She-Ra: a Princesa do Poder, enquanto a atual é She-Ra e as Princesas do Poder. Agora há mais ênfase nessas outras personagens, as princesas dos vários reinos de Etheria, que são diferentes em poder, estilo e personalidade. São como classes em um mundo de Dungeons & Dragons. 

She-Ra (2018-2019)

Cintilante tem poderes de luz e teleporte; Perfuma parece uma elfa, vive num ambiente mais bucólico cheio de flores e tem uma personalidade fofa e meio hippie; Mermista é como uma sereia, dominando os mares, tem um tridente e uma personalidade orgulhosa e meio patricinha, o que ficou bem mais evidente na dublagem em inglês do que na brasileira, pelo tom de voz; Frosta tem poderes sobre o gelo e uma personalidade igualmente fria; Entrapta faz um tipo mais geek, fascinada por tecnologia, sempre curiosa a respeito de tudo (é a minha personagem favorita). E há vários outros reinos, cada qual com suas peculiaridades.

She-Ra (2018-2019)

Sobre a Entrapta, ela é melhor desenvolvida na segunda temporada, quando vemos que é uma autêntica chaotic neutral, uma personagem amoral que não é má, mas também não julga as próprias escolhas como más, mesmo que se alie aos vilões, pois para ela o importante é a pesquisa científica. De toda forma, sua personalidade é tão amistosa ou neutra que até o Hordak (que é sempre agressivo com todos) tem respeito por ela.

She-Ra (2018-2019)

É um desenho claramente voltado ao público feminino (mas óbvio que meninos podem assistir e gostar), com dramas focados nas personagens femininas, dramas da relação mãe e filha, por exemplo, que são um tema tão frequente na fantasia e mitologia mundial quanto o drama pai e filho ou mãe e filho, pai e filha, enfim, family issues.

Os cenários são muito bem desenhados e  as aventuras têm algo de RPG, de jogos de missões, encontrar relíquias, etc. A batalha no final da primeira temporada lembra um jogo de tower defense, quando os heróis devem defender uma torre de hordas inimigas.

She-Ra (2018-2019)

She-Ra (2018-2019)

Posts relacionados:

Nenhum comentário:

Postar um comentário