Como anda devagar o calendário,
Quando se aguarda o dia e o horário
De ver aquela que laçou o coração.
É como andar de dromedário
Num deserto à procura de um xá lendário.
É como cicatrizar uma escoriação.
Como anda a divagar quem não sabe bem
Se quem ele quer de fato o quer também,
Ou se só se faz simpática sem partilhar seu sentimento.
É como deitar-se no trilho de um trem
E ouvir seu apito, enquanto ele vem.
É como se cativar o livre vento.
Se a certeza não vem só resta reestruturar a vida,
Mas não se desiste, se há esperança ainda.
(09,02,2005)
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