Levando em conta que a DC, assim como a Marvel, possui centenas de personagens, é normal encontrar a recorrência de certos padrões de cores, o que pode ser um fenômeno aleatório. As cores vermelha e azul, por serem primárias (e por influência das cores da bandeira americana), são de longe as mais presentes em ambos universos.
De toda forma, tem um padrão de cor não-primária que me chamou atenção na DC: parece que a editora tem uma predileção pela cor verde, pois alguns de seus principais personagens são ilustrados com ela.
Pra começar, temos os dois maiores vilões da DC, Coringa e Lex Luthor.
Aliás, o universo do Batman é especialmente repleto de vilões esverdeados. Além do Coringa, temos o Charada, o Crocodilo e a Hera Venenosa.
Na liga da Justiça, temos o Arqueiro Verde (verde até no nome), o Caçador de Marte e a Fogo. Podemos imaginar uma personagem incandescente cujo fogo seja branco, amarelo, laranja, vermelho, até azul, mas fogo verde é realmente uma peculiaridade da DC.
O grupo dos Titans tem sua cota de verde com o Mutano e no universo da Vertigo há o Monstro do Pantano com seu verde musgo. Também é a cor do manto do Espectro.
Por fim, como se não bastasse tanto verde, que tal toda uma equipe cósmica, toda uma corporação de heróis vestindo verde, usando anéis verdes, disparando raios verdes e produzindo construtos verdes? Eis a Tropa dos Lanternas Verdes.
O verde é uma cor complexa, mais do que ambígua, rica em significado. Sua origem está na combinação do azul e o amarelo, uma cor fria e outra quente. Sendo encontrada em abundância na natureza, é a princípio um símbolo de vida e por extensão se tornou também símbolo de esperança (como é usado pelos Lanternas Verdes), mas também pode significar o oposto, a doença e a morte, pois é uma cor presente na pele adoentada, nos zumbis (um verde acinzentado), no vômito.
Pode ser a cor da vilania, principalmente se for mais escura, lembrando um tom pantanoso. O filme Matrix, por exemplo, adotou o filtro verde sempre que os personagens estavam dentro da Matrix justamente para passar um ar de pesadelo, de ambiente distópico e perigoso (mas também para imitar a estética dos computadores antigos que tinham a tela preta com caracteres esverdeados).
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