Qaligrafia
Séries, livros, games, filmes e eteceteras 🧙‍♂️

Cloak & Dagger

Cloak & Dagger (2018-2019)

Ainda não sei muito da história de Manto e Adaga nos quadrinhos, mas os conheço de vista há longo tempo. A primeira vez que os vi numa revista foi no começo dos anos 90 quando li a saga Ataques Atlantes, um enorme crossover que envolveu todo o universo Marvel e ali estava o casal. Ao longo dos anos devo tê-los visto uma vez ou outra aparecendo em alguma revista de outro personagem e recentemente os vi novamente quando li a série dos Runaways (falei sobre a série aqui e aqui).

Cloak & Dagger (2018-2019)
Olha a Adaga ali no cantinho.

Apesar de pouco conhecê-los, sempre achei que tinham um conceito interessante, embora meio clichê. Uma é luz, outro é treva, yin e yang, o visual é legal, gostei do casal logo de cara. Agora tive a oportunidade de ver a sua versão live action.

O primeiro ponto positivo da série é que foi escrita por Bill Mantlo, ninguém menos que o roteirista de Guerra Infinita, além dos filmes dos Guardiões da Galáxia, dentre outros. Ele está no núcleo do Universo Cinematográfico Marvel e claro que cuidou de encaixar Manto e Adaga nesse universo por meio de sutis referências, como quando um dos empresários da Roxxon faz referência ao Homem de Ferro (Stark) e à rica família do Punho de Ferro (Rand). A série também tem direito a um cameo do Stan Lee na forma de uma pintura.

Stan Lee cameo in Cloak & Dagger (2018-2019)

Cloak & Dagger (2018-2019)

A construção dos personagens é bem elaborada. Há toda uma mitologia envolvendo a história de New Orleans e o surgimento de uma dupla com superpoderes sempre destinada a salvar a cidade de alguma catástrofe. A atuação da Olivia Holt como Adaga é satisfatória, já o garoto que faz o Manto é meio "cigano Igor". 

Eles vão lentamente descobrindo os poderes e desenvolvendo o uso deles e é aí que a série vai ficando mais interessante, mas são raros momentos. Dos 10 episódios da primeira temporada, os melhores são o 7 e 8, quando eles usam os poderes numa aventura estilo Inception, entrando na mente catatônica de um homem e também vemos um lado mais anti heroico da Adaga, quando ela aprende a roubar as esperanças das pessoas, numa espécie de vampirismo psíquico. 

Faltou coragem para adotarem os uniformes dos quadrinhos. Eles simplesmente se vestem como gente comum, sendo que a Tandy gosta de usar branco e o Tyrone preto, além de ocasionalmente vestir algum manto com uns efeitos especiais vagos.

No final acontece uma espécie de apocalipse zumbi cospobre que deu uma estragada na história, mas fora isso, no geral me pareceu uma série interessante. Agora espero que façam um crossover com outra série em andamento, os Runaways, o que seria um belo fan service, já que Manto e Adaga estavam bem presentes na revista dos Runaways.

Cloak & Dagger (2018-2019)


Nenhum comentário:

Postar um comentário