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Another World e outros jogos de exploração alienígena

Aqui  vai uma listinha de jogos que podem se enquadrar em um gênero Another World like. Basicamente você explora um mundo alienígena cheio de mistérios e resolve puzzles.

Another World (2013)

Another World é um daqueles clássicos que atravessou o tempo, como Tetris ou Super Mario, embora não tenha a mesma fama. Está mais para um jogo cult, respeitado por seu caráter inovador. Criado por Éric Chahi em 1991, possui um estilo minimalista, sem falas, sem legendas, apenas seu personagem e o cenário alienígena com suas criaturas.

Você usa algumas armas e deve resolver puzzles nesse mundo alienígena e um detalhe interessante é a presença de cutscenes, um recurso raro nos jogos antigos, que dão fragmentos de informação sobre a história daquele mundo. A jogabilidade é desafiadora, pois é 1 hit 1 kill. A cada erro você terá de refazer a cena, mas pelo menos existem checkpoints ao longo do jogo.

Another World (2013)

Originalmente lançado para Atari e Amiga, ao longo dos anos Another World teve versões em diversas plataformas, desde os aparelhos da Sega, Nintendo, Playstation e XBox até versões no MS-DOS, Windows, Linux e Android. Em 2013, como parte da comemoração de seus 20 anos de aniversário, foi lançado também na Steam.

Em 1998 Éric Chahi lançou Heart of Darkness que é considerado um sucessor espiritual de Another World. Enquanto o primeiro jogo foi desenvolvido sozinho por Éric (e com música de Jean-François Freitas), nesta sequência ele contou com uma equipe sob sua supervisão. De toda forma, não teve o mesmo sucesso e influência de Another World e eu mesmo também não cheguei a jogar.

Capsized (2011)

Capsized (2011)

Capsized foi lançado em 2011 na Steam. Você é um astronauta explorando um planeta alienígena. Apesar de ser um jogo pequeno, possui uma bela ambientação no cenário 2D com todo um ecossistema de plantas e criaturas e usando armas e equipamentos você atravessa obstáculos e resolve alguns puzzles.

Waking Mars (2012)

Waking Mars (2012)

Waking Mars foi lançado em 2012 como um joguinho de celular e logo depois também para Windows e Linux na Steam. Possui um visual bem simples, mas uma jogabilidade satisfatória. Diferente da maioria dos jogos deste estilo, você não deve matar inimigos no mundo alienígena, mas fazer o contrário: estudar a biologia local, coletar sementes e promover a multiplicação das formas de vida, desenvolvendo o ecossistema ao mesmo tempo em que explora as cavernas com ajuda de uma assistente e uma inteligência artificial.

The Swapper (2013)

The Swapper foi produzido em um projeto de dois alunos da universidade de Helsinki, na Finlândia. Lançado em 2013 para as principais plataformas, teve a sua arte feita à mão, o que dá uma aparência única ao jogo. 

Trata-se de um astronauta em uma estação espacial de pesquisa que aparentemente está abandonada, mas você vai descobrindo umas estranhas criaturas e há um dispositivo que cria clones do seu personagem e é com base nisso que a mecânica do jogo funciona. 

The Swapper (2013)

Existem puzzles para avançar no cenário e você vai criar clones que o ajudarão essa tarefa (você aponta o aparelho e projeta o clone no local desejado), o que é meio sinistro, pois os clones morrem, o que significa que ao longo do jogo você terá matado diversas cópias suas. No final, o personagem irá usar a clonagem uma última vez de uma forma bem dramática. É um ótimo jogo indie.

The Fall (2014)

The Fall (2014)

The Fall foi lançado em 2014 e segue a mesma premissa dos outros jogos aqui citados: você está perdido em algum planeta alienígena e deve explorar e resolver puzzles. A diferença é que nesse jogo o personagem é a inteligência artificial que controla o traje do astronauta que está inconsciente dentro do traje. Assim você sai por aí tentando encontrar uma saída e ajuda para o astronauta. O visual é sombrio é "atmosférico", mas os controles não são muito agradáveis. Em 2018 foi lançado o The Fall Part 2, mas não cheguei a jogar, então "não sou capaz de opinar".

Lifeless Planet (2014)

Lifeless Planet foi lançado em 2014 para Windows e Mac e ao longo dos anos em outras plataformas como Linux, XBox, Playstation e Switch. Diferente dos outros jogos desta lista, não é 2D e sim 3D, criado na engine Unity. Não há combate, mas um cenário desafiador a ser explorado e o principal perigo está na falta de oxigênio e nas quedas nos precipícios (e garanto que você vi morrer muito nestas quedas).

Lifeless Planet (2014)

Lifeless Planet (2014)

É o meu jogo preferido destes aqui listados porque tem uma história intrigante, emocionante no final e até mesmo mindblow. Você é um astronauta em um planeta que outrora foi explorado pela União Soviética (que tinha acesso ao planeta por meio de um portal estilo Stargate). Agora só existem construções abandonadas e uma história aos poucos sendo revelada. O final é surpreendente e digno de um filme.

Lifeless Moon

O mesmo criador de Lifeless Planet, David Board, está produzindo uma sequência chamada Lifeless Moon e com certeza pretendo jogar quando for lançada.

The Way (2016)

The Way (2016)

The Way foi lançado em 2016 na Steam assumidamente inspirado em Another World. Possui um belo visual pixelado, uma variedade de cenários alienígenas e puzzles de quebrar a cabeça. Diferente do enredo padrão em que o astronauta procura uma saída do planeta alienígena, em The Way o personagem intencionalmente vai explorar um mundo estranho em busca de respostas sobre os segredos da vida e da morte, uma jornada que ele faz motivado pela morte da própria esposa. Em 2018 foi relançado para o Nintendo Switch.

Astroneer (2016)

Astroneer (2016) parece uma versão simplificada do No Man's Sky. Assim como o NMS, tem um visual bem rico e colorido, porém mais cartunesco, com um mundo aberto cheio de biomas para você explorar. Só achei chatinho a necessidade de estar constantemente construindo tubulação de oxigênio, o que torna a mobilidade e a exploração mais trabalhosas.

No Man's Sky (2016)

No Man's Sky (2016) foi um caso curioso de hype se tornando hate. Devido à propaganda exagerada dos desenvolvedores, principalmente ao prometer um multiplayer, o jogo alimentou altas expectativas, tanto que vendeu 10 milhões de exemplares só no primeiro dia de lançamento. Aí veio a decepção dos jogadores que não encontraram o que foi prometido e relataram bugs. Foi com certeza o jogo mais odiado do ano, considerado uma frande.

Só que o tempo passou e diversos updates foram lançados, polindo e ampliando o jogo e hoje ele de fato é bem decente e pode garantir inúmeras horas de exploração. De fato, o sistema de geração dos mundos é procedural. À medida que você vai viajando, os planetas vão sendo criados. Estima-se que o algoritmo do jogo seja capaz de criar 18 quintilhões de planetas com seus biomas e criaturas peculiares. É como um Minecraft cósmico.

Deliver Us the Moon (2018)

Deliver Us the Moon (2018) tem uma trilha sonora e até certas cenas que lembram bastante o filme Interstellar, como a cena em que você deve acoplar sua cápsula em uma estação espacial. A história também tem inspirações no filme: o mundo está em uma crise energética, coberto de poeira, e a sua maior fonte de energia foi cortada.

Esta fonte é a Lua. Lá foi descoberto um poderoso minério e foi construída toda uma infraestrutura para produzir energia na Lua e enviar para a Terra por meio de um gigantesco beam de microondas. A sua missão começa quando você parte em um foguete, numa cena bem imersiva, um verdadeiro simulador de voo espacial.

Do foguete você segue para uma estação espacial abandonada, tendo de consertar vários sistemas, e o jogo consiste nisso: consertar coisas, flutuando pelos labirintos da estação lunar, até finalmente conseguir religar o beam de energia para alimentar a Terra.

É um jogo curto com uma história bem interessante e um bom grau de realismo científico. O fator tempo conta bastante na solução de problemas, de modo que há um clima de urgência e se você demora demais para resolver algo acaba morrendo sem oxigênio, voltando para o último checkpoint.

Journey to the Savage Planet (2020)

Journey to the Savage Planet (2020) assemelha-se bastante a No Man's Sky. Você é um astronauta explorando um planeta, descobrindo e catalogando animais, plantas e minérios. A grande diferença é o tom de sátira, humor negro e nonsense nível Rick and Morty que faz deste jogo uma experiência bem divertida para quem curte um humor ácido.

Em termos de conteúdo, é bem mais limitado do que NMS, pois o mapa é fixo, tendo a vantagem de ser mais caprichado graficamente, porém não chega aos pés do "infinito" mapa procedural de NMS. A exploração também fica limitada a apenas um planeta, onde se desenvolve toda a história.

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