Em 2014 Hollywood produziu muitos filmes de guerra, como American Sniper, The Imitation Game, Unbroken, também com viés menos histórico e mais fantástico como Dracula Untold e 300: Rise of an Empire. E acrescente-se à lista Fury, ambientado na Segunda Guerra e que tem como “protagonista” um tanque, cujo nome está no título do filme.
A história irá acompanhar as tropas do Tio Sam que seguem na missão de consumar a rendição alemã após o Dia D, percorrendo as cidades e enfrentando tropas alemãs que ainda resistem. Durante toda a missão, cinco colegas seguirão em um tanque, apelidado de Fury, como se vê pintado em seu canhão.
Já no começo do filme, admite-se que os nazistas possuíam tanques mais poderosos, o que será demonstrado numa cena em que um tanque alemão enfrenta três americanos, de modo que os soldados americanos vão precisar de algo mais do que tecnologia para ter sucesso nas batalhas. Essa cena da batalha de tanques, aliás, é fantástica, cheia de tensão e realmente passa a sensação da superioridade de um tanque alemão contra os três adversários.
O elenco tem muitos rostos conhecidos do mundo nerd, como Logan Lerman (dos filmes de Percy Jackson), Shia LaBeouf (da trilogia Transformers), Jon Bernthal (o eterno Shane de The Walking Dead e também o Justiceiro da Marvel), Jason Isaacs (o Lucio Malfoy dos filmes de Harry Potter). Estes quatro atores também são judeus, não por coincidência, já que é um filme em que se luta contra nazistas.
Como estrela principal temos Brad Pitt, na figura de um sargento sério, durão e paternal, o personagem mais denso e complexo do filme, que alterna momentos de gentileza e rigidez, que reprime os sentimentos e mata sem piedade, mas também é protetor e respeita os civis.
O diretor e roteirista, David Ayer, já tem experiência com filmes militares e policiais, como Training Day (2001), S.W.A.T. (2003) e End of Watch (2012). Ele foi em seguida o responsável pelo filme do Esquadrão Suicida (2016), a equipe paramilitar de supervilões da DC Comics.
Fury é um filme de guerra bem montado, alternando cenas de convivência entre os soldados e momentos de combate que ilustram bem as tecnologias e métodos de batalha americanas e alemãs. O tanque usado para ser o Fury é de fato autêntico, fora usado na Segunda Guerra e pertence atualmente ao museu de tanques em Bovigton, Inglaterra.
O relacionamento dos cinco caras é outro ponto forte. É como se fosse uma road trip com amigos atravessando a Europa e vivendo experiências marcantes, só que o carro dessa road trip é um tanque de guerra.
O relacionamento dos cinco caras é outro ponto forte. É como se fosse uma road trip com amigos atravessando a Europa e vivendo experiências marcantes, só que o carro dessa road trip é um tanque de guerra.
A trilha sonora de Steven Price (mesmo compositor da trilha de Gravity, 2013) é intensa, especialmente por causa do coro em alemão. Enfim, uma boa combinação de drama, ação e ambientação histórica que resulta num bom filme sobre a Segunda Guerra.
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