Um pássaro sozinho vai passando
As nuvens espalhadas como ilhas
O sol sinaliza meio dia e tanto
E o rastro do avião no céu sibila
O vento faz as folhas, em folia,
tocarem-se num aplauso elegante
A seiva, o suco, o orvalho, a clorofila
até aprecem pulsar como sangue.
Um jumento relincha ali ao longe
e o eco acorda o queto quero-quero
Formigas, como sempre, sem descanso,
desenham linhas vivas pela terra
E, ao pé duma figueira, fica quieta
uma serena e silenciosa pedra
(06,02,2009)
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