Apartment 23 (cujo nome completo é Don't Trust the Bitch in the Apartment 23) só teve um defeito que foi ser muito curta. A sitcom teve apenas 2 temporadas entre 2012 e 2013, estrelada pela lindíssima Krysten Ritter (que logo depois se tornaria a Jessica Jones).
A personagem da Krysten Ritter, a Chloe, é excelente. Egoísta, malvada, malandra, vingativa, tarada e drogada, é uma legítima bitch, como indica o título da série. Além dela, temos a June, sua companheira de apartamento, que é bem careta; o James Van Der Beek, interpretando ele mesmo como um ator narcisista sempre rodeado por um assistente serviçal e que nutre uma veneração platônica por ele; tem um vizinho fetichista que fica se masturbando enquanto espia as vizinhas pela janela e outra vizinha japonesa que é obcecada pela Chloe.
O resultado de toda essa mistura é muito humor politicamente incorreto, debochado e aleatório. O humor politicamente incorreto, obviamente, sempre foi problemático e alvo de críticas puritanas e moralistas quando é levado ao pé da letra.
Uma personagem como a Chloe tem um comportamento e um caráter hediondos. Ela prejudica as pessoas gratuitamente e ninguém gostaria de conviver com alguém assim, mas é aí que está a magia da ficção. Na ficção nós podemos escapar da realidade, nos afeiçoar por vilões e personagens de moral duvidosa. Olhando desta maneira, a Chloe tem muito carisma, é uma personagem que rende uns bons memes e, principalmente, risadas.
Foi bom enquanto durou.
Uma personagem como a Chloe tem um comportamento e um caráter hediondos. Ela prejudica as pessoas gratuitamente e ninguém gostaria de conviver com alguém assim, mas é aí que está a magia da ficção. Na ficção nós podemos escapar da realidade, nos afeiçoar por vilões e personagens de moral duvidosa. Olhando desta maneira, a Chloe tem muito carisma, é uma personagem que rende uns bons memes e, principalmente, risadas.
Foi bom enquanto durou.
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