Todd McFarlane, criador do Spawn, desenhou a sua própria revista até o número 23. No número 24 convidou o sócio da Image Comics, Marc Silvestri e a partir do número 25 Greg Capullo assumiu o lápis. As edições 8, 9 e 10 tiveram roteiro respectivamente de ninguém menos que os gênios Alan Moore, Neil Gaiman e Frank Miller.
A partir da edição 25, Greg Capullo assumiu o desenho da revista, mas Todd McFarlane continuou bastante presente, cuidando de sua cria, tanto escrevendo o roteiro quanto ocasionalmente participando do desenho e arte final. A edição 36 teve roteiro de Alan Moore, a 37 de Julia Simmons. Tony Daniel foi desenhista convidado nas edições 39, 41, 43, 45 e 47. Na edição 49, o próprio McFarlane desenhou.
A edição 60 teve uma participação bem curiosa. Foram inseridos na arte de Capullo alguns desenhos infantis feitos pela Cyan McFarlane, a filha de Todd que na época era uma criancinha e que obviamente foi a inspiração para a personagem Cyan, filha de Spawn.
McFarlane entregou definitivamente a tarefa do desenho a Greg Capullo, mas continuou no roteiro por um bom tempo, até que a partir da edição 71 passou a escrever a história em dupla com Brian Holguin. Esta foi a segunda grande mudança na produção da revista, após a entrada de Capullo.
McFarlane é um artista versátil. Fez fama principalmente como desenhista e arte finalista no Homem Aranha e ganhou experiência de roteiro em Spawn, mas é notável a melhoria na qualidade das histórias do Spawn depois que Brian Holguin assumiu o roteiro. Foi a partir daí que a revista amadureceu.
Nas edições 76 e 77 Dwayne Turner foi o desenhista, em todas as demais continuou o trio McFarlane, Brian Holguin e Greg Capullo.
A trama muda bastante a partir da edição 85, quando Spawn finalmente sai dos becos onde morava. Desde então ele passou a vagar pelos mundos e as histórias se tornaram mais grandiosas e místicas, envolvendo céu e inferno com mais frequência. Também o poder do Spawn aumentou absurdamente.
Nesta fase finalmente apareceram grandes inimigos, como o próprio Lúcifer, além do monstro ancestral Urizen, citado pelo poeta William Blake, e o irritante Malebolgia é finalmente morto. Angela também se torna mais frequente.
A edição 101 teve roteiro do próprio Todd McFarlane e Angel Medina assume definitivamente o lugar de Greg Capullo como desenhista. A capa foi desenhada por ninguém menos que Alex Ross. Nas edições 105 e 106 o roteiro é de Steve Niles e em todas as demais edições Brian Holguin segue como roteirista. Na edição 117, a revista completou dez anos de existência.
A substituição de Capullo por Medina representou uma queda na qualidade do desenho, mas o roteiro de Holguin continuou trazendo arcos interessantes: Spawn dominou o inferno, depois o reinado é assumido por Cagliostro e Al Simmons volta à vida como humano.
Brian Holguin e Angel Medina seguiram respectivamente como roteirista e desenhista, mas no arco Fronteira Infernal (edições 139 a 141), Nat Jones foi especialmente convidado para desenhar essa que pra mim foi a melhor história de Spawn até então. A combinação do roteiro de Holguin com o traço sombrio, mas limpo de Nat Jones ficou perfeita! Sem contar a bela colorização de Jay Fotos. Conseguiram criar um inferno sombrio e sulfuroso, com um clima pesado e melancólico. Além disso a Spawn feminina ficou com um visual muito legal.
Na edição 150 Angel Medina desenhou em parceria com Philip Tan. Foi a despedida de Medina que a partir das próximas edições seria substituído definitivamente por Philip Tan.
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