Para quem pensa que zumbis são um tema do século XXI, vale conhecer algumas obras das décadas passadas. Aqui temos um grande exemplo, um filme com estilo trash (bem comum no terror da década de 80) e que foi inspirado em outro da década de 60, A Noite dos Mortos Vivos (1968).
A Volta dos Mortos Vivos (1985) não é um “bom filme”, mas é interessante por oferecer uma versão bem singular da ficção zumbi. A epidemia não é produzida por vírus, como normalmente acontece nas histórias atuais, também não é transmissível por mordidas ou qualquer contato com o zumbi.
Ela acontecia pelo contato com um gás experimental dos militares que tinha a propriedade de reviver cadáveres (o 245 trioxin). O gás acidentalmente vazou para a atmosfera e atingiu as nuvens, contaminou a chuva e em seguida o solo, ressuscitando pessoas nos cemitérios e transformando em mortos vivos algumas pessoas que tenham contato com a água da chuva.
O detalhe mais interessante é o poder de sobrevivência destes monstros. Enquanto numa série como The Walking Dead basta uma facada no crânio para matar de vez a criatura, em A Volta dos Mortos Vivos eles sobrevivem mesmo com a cabeça perfurada ou degolada. Continuam andando, se mexendo. Os braços e pernas esquartejados também continuam animados, mesmo separados do corpo. E, o mais bizarro, esqueletos sem músculos ou órgãos também saem caminhando dos sepulcros.
Outra peculiaridade é a preferência gastronômica deles. Não comem carne ou órgãos. Não estão interessados em morder e mastigar o corpo das vítimas. Seu único objetivo é comer cérebros. E misteriosamente conseguem morder um crânio e arrancar bons pedaços, a despeito do crânio ser feito de osso. “Brains” (cérebros) é a palavra preferida deles.
Essa, aliás, é a última característica especial destes zumbis. Eles sabem falar. Sim, são espertos, muito espertos. Eles atendem telefones, planejam estratégias para cercar as vítimas, de modo que a forma mais eficiente de atrasá-los, pelo menos a forma encontrada pelos protagonistas do filme, é jogar ácido em seus olhos para cegá-los, já que nada pode matá-los a não ser a cremação e desintegração completa do corpo.
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