Assim como no Ubuntu, o instalador do Lubuntu oferece a opção de instalação mínima, ou seja, com o mínimo possível de aplicativos. Dessa forma, a pasta raiz do sistema em uma instalação nova ocupa apenas 5 Gb de espaço no disco.
Mesmo sendo uma instalação simples, vem com uma interessante variedade de utilitários do sistema, como o gnome-disk-utility, que permite gerenciar o disco, até mesmo formatar e dimensionar partições e criar imagens das partições, o que pode ser bem útil para quem quer fazer um backup completo de sistema. Tem também o Htop, um aplicativo de terminal para informações detalhadas das tarefas; o Hardinfo, com vários dados sobre os dispositivos e até o GDebi, que ajuda a instalar pacotes (basicamente facilita a automação de tarefas como descompactar arquivos de programas e substituir o trabalho manual de usar um comando dpkg no Terminal).
O gerenciador de arquivos é o PCManFM, que é leve, mas completo. É inclusive melhor que o Thunar do Xfce. O Thunar, por exemplo, nem mesmo tem uma função nativa de pesquisa de arquivos. Para isso é preciso um programa auxiliar, o Catfish. O PCMan já faz isso nativamente (como é de se esperar de qualquer gerenciador de arquivos. Shame on you, Thunar!) e tem várias opções de filtragem da pesquisa.
O editor de texto simples é o Leafpad. Simples demais, pois nem mesmo tem a função de salvamento automático ou a criação de abas para vários arquivos, mas no Xfce eu também não curto o Mousepad e sempre instalo o Gedit que é de longe o mais completo.
Os aplicativos de escritório são o Abiword e o Gnumeric, versões mais simples do Word e do Excel. Neste caso também prefiro fazer uma instalação extra do Libreoffice. Ele vem com um editor simples de imagem, mtPaint, que na verdade é bem completo e é mais um recurso que no Xfce não vem na instalação básica.
O visualizador de PDF é o clássico Evince, que eu gosto. O Xubuntu recentemente substituiu o Evince pelo Atril e sempre que faço uma nova instalação tenho que remover o Atril e colocar o Evince.
Mas aí chegamos a um detalhe que pra mim é crucial: os plugins de monitoramento de rede e hardware. Ficar de olho no consumo de memória, na velocidade da CPU ou da internet é um hábito que tenho porque por meio desses dados fico sabendo se está tudo indo bem no computador ou se preciso resolver algum problema, reiniciar a internet ou algum aplicativo, etc.
No Xubuntu estes números são mostrados no painel com atualização em tempo real. Estão sempre ali disponíveis e não preciso abrir nenhuma janela nem clicar em nada pra ver. Basta olhar a barra do painel. No Lubuntu esses plugins são extremamente rasos e têm poucas opções de configuração. Não oferecem os dados na barra e para ter alguma informação é preciso clicar no ícone e abrir uma janela de relatório. Nada prático. Essa falta de informações do monitoramento do sistema também é um motivo por que rejeitei o Gnome e mais uma vez prefiro o Xfce.
Como já falei na análise sobre Ubuntu vs Xubuntu (aqui), o gosto pessoal conta muito na escolha da distro, ainda mais em se tratando de distros "irmãs". Ubuntu, Xubuntu e Lubuntu compartilham a maior parte de seu material. O núcleo é o mesmo, há muitas dependências em comum e há troca de figurinhas. Existem aplicativos no Ubuntu que são majoritariamente desenvolvidos pela comunidade Lubuntu e tanto o Xubuntu quanto o Lubuntu trazem muitos aplicativos produzidos pelo Gnome.
Por isso que os aplicativos em si não devem ser o motivo para se escolher uma distro, afinal no mundo Linux praticamente tudo é feito para todos. Ora, se eu vejo no Ubuntu algum aplicativo que não tem no Xubuntu, posso instalar sem problema (como é o caso do Gedit). Posso trocar coisas. O Thunar, por exemplo, posso muito bem remover do Xubuntu e colocar um PCMan. Enfim, após a instalação do sistema, os detalhes a gente customiza.
É na aparência do ambiente gráfico que há a grande diferença e não tem como mudar. O visual e comportamento das barras e janelas do Xubuntu é um, do Lubuntu é outro. Aqueles plugins de informações na barra do painel do Lubuntu jamais vão funcionar da mesma maneira que o Xubuntu. Sendo assim, é nesses pequenos detalhes que eu fiz a escolha pela distro do meu gosto.
Fico com o Xubuntu por ser mais simples e leve que o Gnome do Ubuntu e mais elegante que o Lxde do Lubuntu, por ter plugins que me dão as informações que gosto de receber com frequência. E se falta algum aplicativo que eu posso encontrar nas outras distros, é só instalar.
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