Continuando a série sobre os curtas do canal Dust (ver também aqui, aqui e aqui), seguem mais resenhinhas:
Link do canal:
https://www.youtube.com/channel/UC7sDT8jZ76VLV1u__krUutA
The Manual (2017)
Escrito e dirigido por Wil Magness. Eis uma história com um plot twist intrigante. No começo parece apenas o conto pós-apocalíptico de um garoto que é criado por uma máquina após a morte de seus pais. Ele cresce educado de acordo com um ebook sagrado chamado O Manual, que contém conceitos metafísicos como a vida no além, ideias vagas e improváveis que o rapaz cada vez mais se põe a questionar. No final, porém, ele irá descobrir a verdade, mas calma que não vou dar esse enorme spoiler.
Iteration 1 (2016)
Escrito e dirigido por Jesse Lupini. A personagem acorda em uma sala fechada e uma voz robótica informa a contagem de um minuto. Ao fim do tempo a moça desmaia, acordando em seguida e novamente a contagem reinicia. E assim ela logo percebe que está em algum tipo de jogo virtual cujo objetivo é encontrar um meio de sair da sala.
O seu progresso é cumulativo, de modo que à medida em que vai repetindo a mesma fase do jogo, conta com a ajuda de suas versões anteriores e assim ela vai aprendendo a realizar um "trabalho em equipe" somando várias ações suas em cada ciclo de 60 segundos.
Em determinado momento ela sai de uma sala e se depara com um cara que também está realizando seu jogo. E agora ambos passam a se motivar partida após partida no intuito de encontrarem a saída final. Acontece que o jogo parece um infinito labirinto bem ao estilo Jorge Luis Borges.
É uma historinha simples, mas interessante, que pode ser entendida inclusive como uma metáfora para o perpétuo ciclo da vida, as repetidas tarefas que realizamos dia após dia e como a companhia de um parceiro pode ajudar a suportar este ciclo sem fim.
As caras e bocas da atriz, Katharine Isabelle, também são muito bem encaixadas nas circunstâncias, demonstrando ora disposição, ora desânimo, etc.
Program (2017)
Escrito e dirigido por Gabriel de Urioste. Uma garota está discutindo relação com o namorado quando o ambiente em volta começa a bugar. Ela desperta em um mundo apocalíptico, sons de raios indicam que está havendo uma guerra. Nesse mundo catastrófico, pelo visto, a única forma de suportar a existência é pelo escapismo da imersão em um mundo virtual, um jogo de simulação da vida.
Ela conserta o programa de simulação no computador e volta a "sonhar" com aquele mundo normal virtualizado onde tem um namorado digital e experimenta situações comuns de relacionamento, inclusive brigas. Tudo isso está programado, até as brigas, os defeitos. O interessante é este detalhe que a personagem faz questão de incluir na programação: o defeito, a imperfeição humana. Ela quer um relacionamento em que haja desentendimentos e crises, pois só assim vai se sentir experimentando algo real.
Interview with a Time Traveler (2014)
Escrito e dirigido por Ashley Cooper. Sem recorrer a esfeitos especiais ou qualquer detalhe futurista no cenário, mostra a conversa entre um cara e outro homem que diz ter vindo do futuro. Este viajante do tempo é interpretado por um ator hollywoodiano, Eric Johnson, que dá uma aura de arrogância ao suposto viajante. Basicamente, ele está em fim de carreira como viajante do tempo e resolve passar o "dom" para seu anfitrião.
Future Boyfriend (2016)
Escrito por A. Vincent Ularich e dirigido por Ben Rock. É uma história meio zoada e debochada de um cara que volta no tempo pra se encontrar com a versão mais jovem da senhora que ele conhecera no futuro (engraçado eu usar aqui o pretérito mais que perfeito "conhecera" para um evento ocorrido no futuro, mas é isso mesmo, já que do ponto de vista do cara, o que ele viveu no futuro já era passado pra ele). A verdade é que é bem creepy a proposta dele. No futuro ele era cuidador de idosos numa enfermaria e se apaixonou por uma senhora solitária e demente. Então resolve voltar no tempo usando um app pra encontrar a versão jovem da senhorinha.
Upload:U (2017)
Escrito e dirigido por Samuel E. Mac. Mostra uma garota em sua rotina normal em um futuro próximo, sendo discretamente manipulada por sua Inteligência Artificial doméstica.
Sunspring (2016)
A peculiaridade deste curta, dirigido por Oscar Sharp, é que seu roteiro foi escrito por uma Inteligência Artificial chamada Benjamin. Segundo o filme, o software foi alimentado com dezenas de filmes de ficção e então elaborou seu texto. Os diálogos claramente são incoerentes e tudo parece uma montagem aleatória de frases. Ouso batizar esse estilo de tech dadaísmo, um dadaísmo feito por máquinas.
The Manual (2017)
Escrito e dirigido por Wil Magness. Eis uma história com um plot twist intrigante. No começo parece apenas o conto pós-apocalíptico de um garoto que é criado por uma máquina após a morte de seus pais. Ele cresce educado de acordo com um ebook sagrado chamado O Manual, que contém conceitos metafísicos como a vida no além, ideias vagas e improváveis que o rapaz cada vez mais se põe a questionar. No final, porém, ele irá descobrir a verdade, mas calma que não vou dar esse enorme spoiler.
Iteration 1 (2016)
Escrito e dirigido por Jesse Lupini. A personagem acorda em uma sala fechada e uma voz robótica informa a contagem de um minuto. Ao fim do tempo a moça desmaia, acordando em seguida e novamente a contagem reinicia. E assim ela logo percebe que está em algum tipo de jogo virtual cujo objetivo é encontrar um meio de sair da sala.
O seu progresso é cumulativo, de modo que à medida em que vai repetindo a mesma fase do jogo, conta com a ajuda de suas versões anteriores e assim ela vai aprendendo a realizar um "trabalho em equipe" somando várias ações suas em cada ciclo de 60 segundos.
Em determinado momento ela sai de uma sala e se depara com um cara que também está realizando seu jogo. E agora ambos passam a se motivar partida após partida no intuito de encontrarem a saída final. Acontece que o jogo parece um infinito labirinto bem ao estilo Jorge Luis Borges.
É uma historinha simples, mas interessante, que pode ser entendida inclusive como uma metáfora para o perpétuo ciclo da vida, as repetidas tarefas que realizamos dia após dia e como a companhia de um parceiro pode ajudar a suportar este ciclo sem fim.
As caras e bocas da atriz, Katharine Isabelle, também são muito bem encaixadas nas circunstâncias, demonstrando ora disposição, ora desânimo, etc.
Program (2017)
Escrito e dirigido por Gabriel de Urioste. Uma garota está discutindo relação com o namorado quando o ambiente em volta começa a bugar. Ela desperta em um mundo apocalíptico, sons de raios indicam que está havendo uma guerra. Nesse mundo catastrófico, pelo visto, a única forma de suportar a existência é pelo escapismo da imersão em um mundo virtual, um jogo de simulação da vida.
Ela conserta o programa de simulação no computador e volta a "sonhar" com aquele mundo normal virtualizado onde tem um namorado digital e experimenta situações comuns de relacionamento, inclusive brigas. Tudo isso está programado, até as brigas, os defeitos. O interessante é este detalhe que a personagem faz questão de incluir na programação: o defeito, a imperfeição humana. Ela quer um relacionamento em que haja desentendimentos e crises, pois só assim vai se sentir experimentando algo real.
Interview with a Time Traveler (2014)
Escrito e dirigido por Ashley Cooper. Sem recorrer a esfeitos especiais ou qualquer detalhe futurista no cenário, mostra a conversa entre um cara e outro homem que diz ter vindo do futuro. Este viajante do tempo é interpretado por um ator hollywoodiano, Eric Johnson, que dá uma aura de arrogância ao suposto viajante. Basicamente, ele está em fim de carreira como viajante do tempo e resolve passar o "dom" para seu anfitrião.
Future Boyfriend (2016)
Escrito por A. Vincent Ularich e dirigido por Ben Rock. É uma história meio zoada e debochada de um cara que volta no tempo pra se encontrar com a versão mais jovem da senhora que ele conhecera no futuro (engraçado eu usar aqui o pretérito mais que perfeito "conhecera" para um evento ocorrido no futuro, mas é isso mesmo, já que do ponto de vista do cara, o que ele viveu no futuro já era passado pra ele). A verdade é que é bem creepy a proposta dele. No futuro ele era cuidador de idosos numa enfermaria e se apaixonou por uma senhora solitária e demente. Então resolve voltar no tempo usando um app pra encontrar a versão jovem da senhorinha.
Upload:U (2017)
Escrito e dirigido por Samuel E. Mac. Mostra uma garota em sua rotina normal em um futuro próximo, sendo discretamente manipulada por sua Inteligência Artificial doméstica.
Sunspring (2016)
A peculiaridade deste curta, dirigido por Oscar Sharp, é que seu roteiro foi escrito por uma Inteligência Artificial chamada Benjamin. Segundo o filme, o software foi alimentado com dezenas de filmes de ficção e então elaborou seu texto. Os diálogos claramente são incoerentes e tudo parece uma montagem aleatória de frases. Ouso batizar esse estilo de tech dadaísmo, um dadaísmo feito por máquinas.
Posts relacionados:
Nenhum comentário:
Postar um comentário