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A magia do RPG de mesa

RPG

RPG de mesa pra mim sempre foi como o caviar da música do Zeca Pagodinho. Era algo que já ouvi falar, mas nunca tive oportunidade de conhecer pessoas que jogassem, mesmo porque, convenhamos, é ainda uma diversão "elitizada", mais comum em metrópoles e que só agora está se popularizando no Brasil.

No cinema e na TV esse tipo de jogo sempre foi retratado. Sempre mostra um grupo de nerds jogando no porão dos pais. Mais recentemente essa cena clássica foi trazida ao público mais jovem na série Stranger Things.

De toda forma, graças à internet pude conhecer melhor a dinâmica desse tipo de jogo, a começar pelos podcasts de RPG do Jovem Nerd. Foram justamente estes podcasts que me despertaram o interesse para querer assistir mais jogos, coisa que pude encontrar em alguns streamers e tal.

Recentemente tive uma curiosa experiência meio inception de emulação de um RPG de mesa. Primeiro no Life is Strange Before the Storm a protagonista, em certo momento, encontra personagens jogando e você pode optar por jogar com eles (logo, um jogo dentro de um jogo). Depois em Borderlands 2 há um DLC em que os personagens também simulam estar em um jogo de mesa.

No mais, existe o RPG enquanto categoria de video game, mas há uma diferença fundamental entre um game de RPG e um RPG de mesa. No game tudo é oferecido ao jogador na forma de conteúdo audiovisual, logo você está vendo o cenário, os personagens, os monstros. Em um jogo de mesa podem vir bonequinhos de plástico que servem apenas como referência, mas a essência do jogo se passa dentro da sua cabeça. É um exercício essencialmente imaginativo.

Eis a magia do RPG de mesa: assim como as antigas brincadeiras infantis, esse jogo requer imaginação e chega um momento em que você está tão imerso (mesmo que você esteja apenas assistindo a uma partida e ouvindo a narração) que simplesmente se perde visualizando os eventos e construindo as imagens em sua mente. É um tipo de exercício mental cada vez mais raro hoje em dia, uma área da mente que as pessoas estão desacostumadas a exercitar, a mesma área usada na literatura, pois cabe ao leitor imaginar e ilustrar as histórias.

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