Uma das qualidades do MCU, esse complexo universo cinematográfico elaborado pela Marvel, é a existência de vários mundos (sobre os quais já falei aqui), vários ambientes temáticos. Temos os planetas alienígenas, o mundo subatômico, Wakanda e até a civilização lunar dos Inumanos.
O Doctor Strange (2016) veio para inaugurar o universo místico da Marvel e fez isso num verdadeiro show de psicodelia. Todos os filmes do MCU recorreram abundantemente aos efeitos especiais, mas nenhum fez isto com uma estética tão surreal quanto Doctor Strange.
Explorando a ideia de que existem múltiplas dimensões e que podem ser acessadas por meio da magia, o filme enche nossos olhos com cenas de viagens interdimensionais e alteração da realidade. Desde os primeiros trailers, o público logo notou certa semelhança com Inception (2010), particularmente aquela cena em que Ariadne entorta uma cidade no mundo do sonho. Em Doctor Strange, esse efeito é levado a outro nível e é criado um caleidoscópio gigante com as ruas e edifícios de Nova Iorque.
Há ainda mais psicodelia quando o Doutor é levado a experimentar uma viagem astral e então temos uma cena que parece um live action dos momentos mais transcendentais de Rick and Morty, com um show de cores e formas e fractais.
O Doutor Estranho se tornou uma das peças fundamentais para a grande saga que viria, a Guerra Infinita, e em seu filme solo já ficou claro que é um dos mais poderosos personagens do MCU. Na verdade eu diria até que ele É o mais poderoso, até mesmo superando a Capitã Marvel.
O médico Stephen Strange teve uma evolução muito rápida de homem comum e cético para mago poderoso. Em poucos anos de aprendizado ele já foi capaz de manipular uma joia do infinito, o Olho de Agamoto, e enfrentou uma criatura interdimensional, Dormammu.
É curioso que o vilão da grande saga dos Vingadores, Thanos, representava uma ameaça para o universo e foi preciso um esforço gigantesco de toda a equipe para detê-lo, enquanto o vilão que Strange enfrentou era um ser que vinha destruindo vários universos do multiverso, logo, ele era muitíssimo mais poderoso e perigoso que o Thanos, e Strange o enfrentou sozinho.
Além de dar forma ao universo mágico do MCU, o filme do Doutor Estranho também abriu espaço para algo que ainda está em desenvolvimento para as próximas fases: o multiverso. Não à toa, o próximo filme do mago vai se chamar Doutor Estranho no Multiverso da Loucura (2022).
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