O que de cara chama atenção em Loving Vincent (2017) é a estética adotada. Trata-se de uma animação, com frames pintados à mão por artistas simulando o próprio estilo do renomado pintor Vincent van Gogh. Isso mesmo, é um filme feito todo com pinturas, frame a frame!
A ideia é ótima e o resultado é bem original, além disso a trilha sonora de Clint Mansell (um grande parceiro dos filmes do Aronofsky, como Cisne Negro, Requiem for a Dream, The Fountain, etc) acrescenta um ar dramático à narrativa, mas a história em si é morninha. Vincent nem mesmo é o protagonista. É mais uma investigação sobre a morte dele do que um relato da sua vida.
Vincent viveu discretamente até os 28 anos, quando então experimentou e se achou na pintura. Um caso curioso. Sem formação, sem ter despertado e desenvolvido o dom na infância, parece até que de repente foi tomado por uma inspiração, possuído por um espirito. Então por 8 anos pintou 800 quadros, vendendo apenas 1.
É curioso o fato de o artista ter sido morto com um tiro na barriga. O "normal" é que suicidas atirem na própria cabeça ou no tórax. Por que na barriga? Foi um tiro acidental? Foi disparado por outra pessoa acidentalmente e ele quis poupá-la da punição? Ferido no campo, van Gogh retornou para casa, morrendo dois dias depois.
Hoje, Vincent van Gogh é geralmente conhecido como um artista que tinha problemas mentais, depressão, esquizofrenia (o que explicaria o fato de ter cortado a própria orelha), mas seus quadros são alegres, usam o azul claro e amarelo, cores de uma vibrante manhã ensolarada.
Ele pintou muitos rostos, o que mostra que gostava das pessoas. Sua pinturas pareciam homenagens, fotos que tirava dos amigos, mas que acabaram se revelando peças únicas de arte e só devidamente reconhecidas depois da morte do artista.
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