Altered Carbon (2018-) traz uma premissa interessante para uma série de ficção científica: no futuro, as pessoas vão armazenar suas consciências num pequeno dispositivo que pode ser instalado na base da nuca, de modo que é possível trocar de corpo simplesmente removendo o dispositivo e instalando em outro corpo. Ou seja, a humanidade se tornou praticamente imortal.
Desenvolve-se então toda uma nova cultura e filosofia de vida que entende o corpo humano como uma capa (sleeve) descartável. Os mais ricos, que podem pagar por vários corpos, tornam-se ainda mais divinos, já que usam corpos como se fossem roupas.
Esta ideia abre espaço para uma discussão existencial complexa, mas a sua execução na série acaba banalizando rapidamente o tema e tudo se torna só mais uma história de investigação de crimes, com muita nudez e atores medianos.
Esteticamente até fizeram um bom trabalho na ambientação da cidade, com um visual típico do cyberpunk, honrando a influência de Blade Runner. Após a primeira temporada, porém, não me senti preso pela história e dropei.
A horrível animação 3D. |
Também fizeram um breve filme em formato de anime, o Altered Carbon: Resleeved (2020), que já começa ruim no fato de usar o pior tipo de animação para um anime, o desenho 3D feito com CGI (tipo aquele anime horrível do Berserk).
Em vez de se dedicar a ampliar a mitologia daquele universo, apenas conta mais uma história de crime e investigação, com várias cenas clichês de luta de espadas e impasses mexicanos.
Em vez de se dedicar a ampliar a mitologia daquele universo, apenas conta mais uma história de crime e investigação, com várias cenas clichês de luta de espadas e impasses mexicanos.
Is this a JoJo reference? |
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