Às vezes a gente se interessa por um filme, mas passam meses, anos até que finalmente assistimos. É comum isso acontecer com filmes, livros, séries, afinal é tanta coisa pra ver ou ler que criamos uma fila de espera. Pois bem, Reach Me (2014) me chamou atenção no lançamento do trailer em 2014, mas finalmente só assisti em 2018.
No trailer apareciam rostos conhecidos, Stallone, Terry Crews, Lauren Cohan, Danny Trejo... A verdade é que isso torna um filme atraente, a presença de atores famosos, rostos familiares. Também me chamou atenção a música tema, Alive, cantada por um tal Jesse Snider. Parece um filme dramático, do jeito que gosto.
E o tempo passou, por acaso voltei a ouvir essa música e lembrei de procurar pelo filme. Achei, assisti, gostei.
Ao contrário do tom mostrado no trailer, não é bem um drama, embora possua momentos dramáticos. Parece mais uma comédia de situação, tudo girando em torno desse livro, Reach Me, escrito por um autor recluso e que virou um sucesso pela sua mensagem motivacional. Essa mensagem é um clichê bem manjado, o famoso "Do it", "corra atrás, pare de se vitimizar e se supere, etc". Mas há muita verdade nos clichês.
É interessante a brincadeira feita com o Stallone, pois ele é já conhecido por fazer discursos motivacionais desde Rocky e nesse filme não foi diferente. Ele é um empresário arrogante, mas com essa forte determinação e quando enfim o autor motivacional revela sua identidade, nos deparamos com um cara inseguro diante de multidões e quem vai motivar o autor motivacional? Isso mesmo, o Stallone.
A brincadeira metalinguística com o Stallone (ou seja, chamaram o Stallone pra ser ele mesmo no filme) também acontece no fato do personagem ter o hobby da pintura, assim como o ator.
Tem aquele cara, Thomas Jane, que parece uma versão genérica do Christopher Lambert, eterno Highlander. Na verdade ele é muito bom em fazer tipos durões e descolados, como na série The Expanse (2015) e também ele já foi o Justiceiro (2004). Em Reach Me ele é um policial que mais parece um herói de filme do velho Oeste.
Aí temos mafiosos, policiais, um empresário, um jornalista, um padre, uma ex-detenta, uma atriz e tantos outros personagens cujas vidas vão se entrelaçando ao longo da trama, sempre girando em torno desse livro. É um roteiro bem bolado que consegue apresentar vários personagens mesmo mostrando apenas fragmentos de suas vidas.
Fiquem com essas imagens do Stallone pintando o que parece ser... uma vagina gigante?
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