Como um vampiro que se preze,
sempre evitei o amarelo.
A cor do sol do meio-dia
que aos meus olhos feria.
Sempre busquei os tons sombrios,
os tons frios.
Mas eis que esses dias
me vi flertando com essa coisa luzidia
que é o amarelo.
Por acaso, será que haveria
algum espaço em mim para essa tinta?
Talvez eu finalmente encontre um elo
na minha alma vampírica para o amarelo.
Talvez eu precise de um pouco dela,
dessa cor banhando minha pele,
como o matutino sol, fresco e singelo.
Talvez a alma minha, esse castelo
cheio de calabouços e de trevas,
mereça a luz de algumas velas.
(12,05,2021)
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