Depois de dois filmes do Homem de Ferro e um do Hulk, foi a vez do Thor ser introduzido ao MCU em 2011. Capricharam no elenco auxiliar, chamando a Natalie Portman para ser a Jane Foster, Tom Hiddleston como Loki e Anthony Hopkins como Odin.
Ao longo dos anos, Loki acabou se tornando o antagonista mais querido do MCU e claramente boa parte disto se deve ao charme e carisma de Tom Hiddleston que deu vida a um personagem ambíguo e vilanesco, mas que todos gostam de assistir.
Apesar do super elenco, o primeiro filme do Thor não foi tão bem sucedido quanto os do Iron Man, mas ainda foi melhor que o do Hulk. O segundo filme (2013), embora seja mais cósmico, envolvendo uma batalha contra os ancestrais elfos sombrios, também foi mediano.
Em termos de lore, de mitologia do MCU, os filmes do Thor deram uma grande contribuição, pois contaram histórias que remontam à origem do universo e explicam o surgimento das energias que se tornariam as jóias do infinito. Todos os filmes e sagas cósmicas que vieram depois, incluindo os Guardiões da Galáxia, tiveram seus fundamentos aqui.
Finalmente, é no terceiro filme (2017), que encontram o tom adequado para o personagem. Thor Ragnarok abraça a comédia e a ação. Desta forma, Thor fez o caminho inverso do Homem de Ferro. Enquanto o Iron Man teve um primeiro filme excelente e o terceiro decepcionou, Thor foi mediano na estréia, mas brilhou no final, com um filme colorido, divertido e ainda contando com a participação especial do Hulk e uma vilã bela e badass, a Hela.
Ao longo de toda a timeline do MCU, Thor teve seu arco particular desenvolvido no sentido de torná-lo cada vez mais maduro e humanizado. Já no começo, sendo um deus arrogante e irresponsável, é banido por Odin para a Terra, privado dos poderes e do martelo, vai por meio do altruísmo resgatar o direito à sua condição divina.
Também faz parte de sua jornada de aprendizado os conflitos com o irmão Loki, quando ambos vão aprimorando seus laços e aos poucos a rivalidade se transforma em camaradagem, ainda mais quando ambos testemunham a morte do pai Odin.
Esse drama familiar do personagem acabou se tornando tão importante que os filmes até deixaram de lado o romance que inicialmente tentaram forçar entre Thor e Jane Foster. Obviamente o fato da Natalie Portman ter perdido o interesse em continuar na franquia contribuiu para o esfriamento do romance. Por outro lado, após uma década de sucesso do MCU, Portman voltará, agora como a nova Thor.
A jornada do Thor sempre foi de redenção e reconquista. Por duas vezes ele perdeu o direito ao martelo, que é um símbolo (fálico, diga-se de passagem) de seu poder. Na primeira vez, por rejeição paterna, e na segunda o martelo foi destroçado por Hela, de modo que ele teve de forjar outra arma, o machado stormbreaker que usou para enfrentar o Thanos em Guerra Infinita (2018).
O fato de Thor não ter conseguido deter o Thanos foi sua última recaída e em Vingadores Ultimato (2019) vemos um Thor que desistiu da luta, entregue ao descaso e virando o hilário Fat Thor ou Thor Lebowski, que virou uma fábrica de memes. No fim ele mais uma vez encontra a redenção ao enfrentar novamente o Thanos.
Desta forma, em meio a altos e baixos, caindo e se levantando, Thor se tornou um dos personagens mais poderosos e fodões do MCU.
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