Atenção que esse post é puro spoiler!
O primeiro filme dos Vingadores (2012) foi um grande marco, não só na história dos filmes de super heróis, como do cinema em si.
O primeiro filme dos Vingadores (2012) foi um grande marco, não só na história dos filmes de super heróis, como do cinema em si.
Filmes de super heróis ou baseados em quadrinhos existem desde a origem do cinema e vez ou outra alguns deles se destacaram pela bilheteria ou mesmo ganhando premiações e reconhecimento acadêmico, como o Oscar. Foi o caso do clássico Superman (1978) e do Batman Dark Knight (2008).
Avengers teve uma das maiores bilheterias de todos os tempos no cinema, ultrapassando 1,5 bilhão de dólares, mas o seu feito foi maior que isso. Algo mudou na indústria do entretenimento depois deste filme de modo que o gênero de super heróis se estabeleceu no cinema como parte do mainstream. A partir daí, todos os anos surgiriam novos blockbusters de super heróis.
A grande novidade que Avengers trouxe para o cinema foi o crossover, um recurso bem comum nas revistas em quadrinhos. Não se trata simplesmente de formar uma equipe, pois os X-Men já haviam feito isso.
O legal do crossover é que primeiro nós vimos os personagens em seus filmes solo e aos poucos uma trama foi sendo tecida, pontas foram ligadas até que todos se encontraram em um único filme. O MCU nos permitiu acompanhar, ao longo dos anos, esse processo de convergência dos personagens até se reunirem sob o lema "Avengers assemble".
O legal do crossover é que primeiro nós vimos os personagens em seus filmes solo e aos poucos uma trama foi sendo tecida, pontas foram ligadas até que todos se encontraram em um único filme. O MCU nos permitiu acompanhar, ao longo dos anos, esse processo de convergência dos personagens até se reunirem sob o lema "Avengers assemble".
Esse primeiro filme contou com o mais charmoso dos vilões do MCU, o Loki, e a novidade e grande estrela foi o Hulk. Assim como Thor, Iron Man e Capitão América, o Hulk teve seu filme solo, mas quando ele aparece no crossover é diferente. Mudaram o ator, o CGI e de certa forma até o estilo do personagem.
Alternando entre o Banner pacato e o verdão em modo berserk, o Hulk rouba a cena sempre que aparece: perseguindo a Viúva Negra, trocando socos com o Thor, parando o monstro gigante alienígena com um soco, salvando o Homem de Ferro... e é dele a cena mais inesquecível, que virou meme instantâneo: o Hulk espancando Loki, e o chamando de "puny god".
Era de Ultron (2015) não é muito bem lembrado, talvez por não ter superado a alta expectativa deixada pelo filme anterior. O vilão Ultron ficou esquisito, aquele CGI com um robô metálico movendo os lábios como se fossem desenho animado ficou bem feinho e a patética morte do Quicksilver também foi decepcionante.
Por outro lado, trouxe acréscimos à franquia: a Feiticeira Escarlate e o Visão (que tinham tudo pra serem os personagens mais poderosos do grupo, mas foram gradativamente nerfados nos filmes seguintes) e não podemos esquecer da épica luta entre o Hulk e o Iron Man com a sua armadura hulkbuster, provavelmente o melhor momento do filme.
Seria Ultron um sith? |
Quando então parecia que a Marvel não conseguiria bater o sucesso e a qualidade do primeiro Vingadores, eis que Guerra Infinita (2018) chega superando todas expectativas. Agora sim temos uma saga realmente épica, grandiosa, cósmica, sem contar que finalmente chegou o vilão que era esperado há dez anos: Thanos. E chegou chutando a porta.
Já na primeira cena é estabelecido o nível de badass do Thanos, quando ele dá uma surra do Thor, mata o Loki e humilha até o Hulk na pancadaria. Ao longo da história, o titã se destaca cada vez mais quando é apresentada a sua biografia, sua relação com a filha adotiva Gamora. Thanos é o protagonista de Guerra Infinita e no final é ele quem vence.
Também é bom mencionar a qualidade do CGI do personagem, resultado do trabalho dos artistas gráficos e do ator Josh Brolin. Assim como o Smeagol de Senhor do Anéis foi o melhor personagem em CGI do seu tempo, Thanos veio para tomar esse título.
Enquanto os dois primeiros filmes foram crossovers, este terceiro foi um crossovão. Além de reunir os já consagrados Vingadores, entraram também os Guardiões da Galáxia, toda a turma de Wakanda, o Homem Aranha e o Dr. Estranho com seus magos.
Guerra Infinita foi ousado em colocar tantos personagens no palco. Como conseguiriam administrar o tempo de tela de toda essa gente? Por incrível que pareça, conseguiram. Foram distribuídas equipes na Terra e no espaço e a caprichosa edição fez a mágica de administrar tudo. Houve tempo até para uma história paralela do Thor indo em sua jornada em busca de um novo martelo.
Todos os personagens tiveram seu momento de brilhar, mas a grande estrela desse filme (com exceção do próprio Thanos, claro) foi o Thor. Aqui ele chegou ao seu auge e sua jornada, iniciada na trilogia solo, culminou no clímax em que ele dá o golpe final no Thanos. Ou quase.
A sequência Endgame (2019) veio como um epílogo para toda a saga que se iniciara há uma década. É o filme mais sombrio do MCU, já que o universo está em luto pela perda de metade dos seres vivos. Desenrola-se uma complicada trama para tentar reverter a situação por meio de viagem no tempo.
A Marvel resolveu adotar uma teoria própria de viagem temporal. Contrariando o método estabelecido em diversos filmes de ficção, como De Volta para o Futuro, em que viajar para o passado e alterá-lo é alterar o futuro, no Endgame a viagem para o passado implica em fazer desse passado o futuro na timeline daqueles que fizeram a viagem. Pois é, é complicado. Além disso, remover as jóias do infinito de certa época implicaria em criar mundos paralelos.
Já no começo, instigados pela confiante Capitã Marvel, vão encarar o Thanos aposentado, matando-o facilmente, mas é inútil, pois o esperto do Thanos havia destruído as jóias e não tinha jeito de desfazer o estrago que ele fez. Então o Stark consegue inventar a viagem no tempo, eles partem em busca das jóias, montam uma manopla, o Hulk a usa e traz de volta todos os mortos.
Rola então a grande batalha contra o Thanos que veio do passado e dessa vez a grande estrela é o Capitão América. As melhores cenas de luta são dele, sem contar que o danado conseguiu empunhar o martelo do Thor e com uma habilidade até melhor que a do asgardiano. Enquanto o Thanos imobilizou na porrada tanto o Thor quanto a Capitã Marvel, o Capitão seguiu em pé até o fim, persistente, valente, o verdadeiro líder dos Avengers.
Por fim, temos a clássica aparição da "cavalaria", quando chega a multidão de heróis e rola a maior batalha campal de todo o MCU. O Thanos tem oportunidade de mostrar o quão fodão ele é, mas também sabe perder. Quando Stark usa a manopla para desintegrar o titã e seu exército, Thanos simplesmente se senta e aceita a derrota.
Batalhas à parte, há um interessante elemento dramático nesse filme que é o amadurecimento dos personagens. Está evidente na aparência do rosto, nos cabelos brancos, que alguns deles envelheceram desde sua primeira aparição no MCU. O Tony Stark, especialmente, parece que amadureceu bastante, está mais sábio e menos impulsivo. Já não é o bilionário egocêntrico e irresponsável do filme de 2008.
O Thor, igualmente, concluiu seu longo ciclo de aprendizado, indo da antiga arrogância até ao sentimento de derrota e frustração que o levou ao estado de desleixo do Fat Thor, mas que depois teve a redenção final na última batalha. O Hulk enfim aprendeu a conciliar suas duas personalidades extremas. A Viúva Negra encontrou a redenção por seus crimes do passado no sacrifício. Enfim, ao final da saga, todos de alguma forma amadureceram.
Já na primeira cena é estabelecido o nível de badass do Thanos, quando ele dá uma surra do Thor, mata o Loki e humilha até o Hulk na pancadaria. Ao longo da história, o titã se destaca cada vez mais quando é apresentada a sua biografia, sua relação com a filha adotiva Gamora. Thanos é o protagonista de Guerra Infinita e no final é ele quem vence.
Também é bom mencionar a qualidade do CGI do personagem, resultado do trabalho dos artistas gráficos e do ator Josh Brolin. Assim como o Smeagol de Senhor do Anéis foi o melhor personagem em CGI do seu tempo, Thanos veio para tomar esse título.
Enquanto os dois primeiros filmes foram crossovers, este terceiro foi um crossovão. Além de reunir os já consagrados Vingadores, entraram também os Guardiões da Galáxia, toda a turma de Wakanda, o Homem Aranha e o Dr. Estranho com seus magos.
Guerra Infinita foi ousado em colocar tantos personagens no palco. Como conseguiriam administrar o tempo de tela de toda essa gente? Por incrível que pareça, conseguiram. Foram distribuídas equipes na Terra e no espaço e a caprichosa edição fez a mágica de administrar tudo. Houve tempo até para uma história paralela do Thor indo em sua jornada em busca de um novo martelo.
Todos os personagens tiveram seu momento de brilhar, mas a grande estrela desse filme (com exceção do próprio Thanos, claro) foi o Thor. Aqui ele chegou ao seu auge e sua jornada, iniciada na trilogia solo, culminou no clímax em que ele dá o golpe final no Thanos. Ou quase.
A sequência Endgame (2019) veio como um epílogo para toda a saga que se iniciara há uma década. É o filme mais sombrio do MCU, já que o universo está em luto pela perda de metade dos seres vivos. Desenrola-se uma complicada trama para tentar reverter a situação por meio de viagem no tempo.
A Marvel resolveu adotar uma teoria própria de viagem temporal. Contrariando o método estabelecido em diversos filmes de ficção, como De Volta para o Futuro, em que viajar para o passado e alterá-lo é alterar o futuro, no Endgame a viagem para o passado implica em fazer desse passado o futuro na timeline daqueles que fizeram a viagem. Pois é, é complicado. Além disso, remover as jóias do infinito de certa época implicaria em criar mundos paralelos.
Já no começo, instigados pela confiante Capitã Marvel, vão encarar o Thanos aposentado, matando-o facilmente, mas é inútil, pois o esperto do Thanos havia destruído as jóias e não tinha jeito de desfazer o estrago que ele fez. Então o Stark consegue inventar a viagem no tempo, eles partem em busca das jóias, montam uma manopla, o Hulk a usa e traz de volta todos os mortos.
Hulk NoFap. |
Rola então a grande batalha contra o Thanos que veio do passado e dessa vez a grande estrela é o Capitão América. As melhores cenas de luta são dele, sem contar que o danado conseguiu empunhar o martelo do Thor e com uma habilidade até melhor que a do asgardiano. Enquanto o Thanos imobilizou na porrada tanto o Thor quanto a Capitã Marvel, o Capitão seguiu em pé até o fim, persistente, valente, o verdadeiro líder dos Avengers.
Por fim, temos a clássica aparição da "cavalaria", quando chega a multidão de heróis e rola a maior batalha campal de todo o MCU. O Thanos tem oportunidade de mostrar o quão fodão ele é, mas também sabe perder. Quando Stark usa a manopla para desintegrar o titã e seu exército, Thanos simplesmente se senta e aceita a derrota.
"Eu sou você amanhã". |
Batalhas à parte, há um interessante elemento dramático nesse filme que é o amadurecimento dos personagens. Está evidente na aparência do rosto, nos cabelos brancos, que alguns deles envelheceram desde sua primeira aparição no MCU. O Tony Stark, especialmente, parece que amadureceu bastante, está mais sábio e menos impulsivo. Já não é o bilionário egocêntrico e irresponsável do filme de 2008.
O Thor, igualmente, concluiu seu longo ciclo de aprendizado, indo da antiga arrogância até ao sentimento de derrota e frustração que o levou ao estado de desleixo do Fat Thor, mas que depois teve a redenção final na última batalha. O Hulk enfim aprendeu a conciliar suas duas personalidades extremas. A Viúva Negra encontrou a redenção por seus crimes do passado no sacrifício. Enfim, ao final da saga, todos de alguma forma amadureceram.
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