Os jogos de cartas existem há séculos e nos últimos anos também se perpetuaram na forma digital dos video games. O primeiro destes com que tive contato foi o velho Paciência (Solitaire) da Microsoft. Esse jogo existe desde 1990 e o provei ainda no antigo Windows 95, quando tive minhas primeiras experiências com computador.
Nada mais é que a versão digital do jogo de cartas de papel, obviamente, e este é um dos aplicativos mais usados do mundo há décadas. Segundo a própria Microsoft, Paciência (nas versões do Windows que o possuem) é o terceiro aplicativo mais acessado do sistema.
Aliás, tanta gente joga esse troço que existem casos de demissões porque os funcionários estavam jogando Paciência em horário de trabalho. Existem até memes sobre isso, sobre escritórios ou filas de atendimento em instituições públicas em que vemos na tela do funcionário que ele não está trabalhando, mas sim jogando.
Não lembro de ter jogado nenhum outro card game nos anos seguintes até que finalmente cheguei à Steam e, só em 2016, pude conhecer uma das várias versões do clássico Magic: The Gathering. O jogo de cartas existe desde 1993 e formou uma verdadeira cultura e comunidade dedicada a ele. Inspiradas nele vieram as versões digitais, como a série Duels of the Planeswalkers (2012, 2013, 2014, 2015). No caso, comprei o de 2014.
O universo de Magic é bem amplo. Há muitos DLCs, muitas cartas a se colecionar, muitas possíveis combinações e estratégias, além de ter toda uma mitologia desenvolvida em livros. É uma cultura nerd e pode levar meses ou anos para se dominar o jogo e seu lore. Eu na verdade só joguei por umas 40 horas, o que não passa da fase de aprendizado básico.
O card game que realmente me conquistou foi o Chronicle: Runescape Legends, lançado experimentalmente em 2015 pela Jagex. Como eu já era fã de Runescape desde 2010 e acompanhava suas novidades, fiquei sabendo desse jogo desde o comecinho e experimentei ainda na fase beta e depois que foi lançado na Steam.
Na Steam cheguei a acumular umas 300 horas ao longo de um ano de jogatina. Era gratuito e o multiplayer estava vivo? A proposta visual era bem interessante. Em vez de consistir simplesmente em um tabuleiro sobre o qual jogamos as cartas, o cenário é 3D e os personagens vão avançando nele enquanto você lança as cartas. A interface de gerenciamento dos decks é um livro no qual você vai ampliando sua coleção.
Mas aí o projeto não foi adiante e descontinuaram o jogo. Já escrevi sobre isso em outro post (aqui). Em compensação, em Junho deste 2019 a querida Valve lançou um experimento, o Dota Underlords que meio que preencheu esse espaço deixado pelo Chronicle no meu coração gamer. Já cheguei a experimentar um pouco o Dota 2 e vi que não era my thing (escrevi sobre ele em outro post: aqui), mas o Underlords, assim como o Chronicle, é um jogo derivado que toma emprestado alguns personagens da franquia.
Não é literalmente um jogo de cardas, já que não tem cartas. Está mais para um xadrez, mas a jogabilidade não difere tanto de um Magic. Você tem o tabuleiro e sobre ele deve colocar uma quantidade de personagens que vão então se enfrentar. Os personagens são como as cartas, com seus atributos, habilidades, poder de ataque ou defesa, etc.
Tenho jogado desde o lançamento, participando das fases close beta a open beta e agora, depois de umas 150 horas de jogo, finalmente comecei a enjoar, mas talvez ainda continue por um bom tempo, já que estão constantemente atualizando até o lançamento definitivo. Gosto do lado estratégico, de procurar as melhores "cartas", fazer os cálculos, maaas, até o momento o chamado RNG (random number generator) tem sido bem cruel.
O RNG é comum em jogos de carta e RPG, e é o algoritmo que faz com que certas ações tenham uma taxa de sucesso ou fracasso. Em resumo, é o fator sorte. Os itens que você adquire e a chance de evoluir seus personagens (que vão até o tier 3) dependem da sorte, aí tem vez que de nada adianta sua experiência e estratégia. Um jogador novato e despreparado pode de repente ter muita sorte nos itens que adquire e te vencer. Mas pensando bem, esse fato sorte pode ser uma coisa boa porque reduz o overpower de jogadores experientes contra os noobs que mal chegaram no jogo.
Auto Chess (2019) é um jogo com um nome nada original da desenvolvedora Dragonest. Ganhei ele de graça na loja da Epic Games, mas mal consegui jogar. É pessimamente otimizado. Mesmo nas configurações mínimas o troço não roda direito. Só pude perceber que é bem parecido com Dota Underlors (que, aliás, roda bonitinho no meu PC e com gráficos decentes).
E já que incluí o Dota Underlords nessa lista de jogos de carta, também vou mencionar o Gears Pop. Lançado agora em Agosto de 2019 pela Microsoft, é um joguinho de estratégia estilo Clash Royale, com partidas bem casuais, durando cerca de 3 minutos. Os personagens são baseados na franquia Gears of War, mas com um visual de bonequinho Funko Pop. É um jogo de arena e estratégia em que você vai colocando seus bonequinhos no cenário e eles avançam, ganhando território e trocando tiros.
Como os bonequinhos são colecionáveis e você vai organizando um deck com eles e a forma de jogar é sacando esses bonecos e colocando na arena, como se fosse um tabuleiro, de fato pode ser considerado uma espécie de card game.
O jogo é gratuito, acessível pela plataforma do XBox ou a Windows Store. Joguei por alguns dias e é divertido, as partidas são rápidas e o jogo recompensa a frequência, pois todos os dias você ganha lootboxes com diversos itens e upgrades. Como é de se esperar desse tipo de jogo gratuito com lootboxes, a tendência é que se torne viciante e os mais viciados vão gastar um dinheirinho pra acelerar a evolução. Particularmente, não é meu tipo de jogo e em pouco mais de uma semana já enjoei.
Auto Chess (2019) é um jogo com um nome nada original da desenvolvedora Dragonest. Ganhei ele de graça na loja da Epic Games, mas mal consegui jogar. É pessimamente otimizado. Mesmo nas configurações mínimas o troço não roda direito. Só pude perceber que é bem parecido com Dota Underlors (que, aliás, roda bonitinho no meu PC e com gráficos decentes).
E já que incluí o Dota Underlords nessa lista de jogos de carta, também vou mencionar o Gears Pop. Lançado agora em Agosto de 2019 pela Microsoft, é um joguinho de estratégia estilo Clash Royale, com partidas bem casuais, durando cerca de 3 minutos. Os personagens são baseados na franquia Gears of War, mas com um visual de bonequinho Funko Pop. É um jogo de arena e estratégia em que você vai colocando seus bonequinhos no cenário e eles avançam, ganhando território e trocando tiros.
Como os bonequinhos são colecionáveis e você vai organizando um deck com eles e a forma de jogar é sacando esses bonecos e colocando na arena, como se fosse um tabuleiro, de fato pode ser considerado uma espécie de card game.
O jogo é gratuito, acessível pela plataforma do XBox ou a Windows Store. Joguei por alguns dias e é divertido, as partidas são rápidas e o jogo recompensa a frequência, pois todos os dias você ganha lootboxes com diversos itens e upgrades. Como é de se esperar desse tipo de jogo gratuito com lootboxes, a tendência é que se torne viciante e os mais viciados vão gastar um dinheirinho pra acelerar a evolução. Particularmente, não é meu tipo de jogo e em pouco mais de uma semana já enjoei.
Cards of Cthulhu (2016) é um joguinho indie bem simples e curto. Leva umas poucas horas pra zerar. Diferente dos card games em geral, não há um tabuleiro. Você é um motoqueiro badass que vai avançando na estrada e aparecem monstros no caminho, então irá enfrentá-los jogando as cartas que acionam habilidades.
Card City Nights (2014) tem um visual e uma jogabilidade bem simples. O elemento peculiar é que as cartas têm umas setinhas e você deve fazer combinações de três cartas para usar suas habilidades e então eliminar as cartas do tabuleiro. Há duas formas de perder: zerando seus pontos de defesa, ao ser atacado pelo oponente, ou quando seu tabuleiro fica cheio de cartas porque você não fez as combinações. É um joguinho bem casual e de fácil aprendizado.
Agora em 2019 foi lançado Kards, de uma desenvolvedora indie. É gratuito e tem gráficos e sonoplastia bem agradáveis (com direito a uma relaxante música vintage). Ambientado no tema da Segunda Guerra, as cartas são tropas, aviões, tanques, navios e obviamente você deve ir abrindo caminho no tabuleiro para derrotar a carta que representa a base inimiga. Você pode jogar de forma bem casual, mas pode se aprimorar ao estudar as habilidades de cada carta e a melhor maneira de utilizá-las.
Reigns (2016) e Reigns: Her Majesty (2017) não são jogos de tabuleiro ou combate, mas envolvem cartas. Com um visual simples e fofo, o jogo consiste em você ir fazendo escolhas de cartas que levam a história do reino a destinos diferentes, numa espécie de RPG. Podem acontecer coisas engraçadas, jogadas de sorte ou azar e até fenômenos sinistros, como encontrar o Diabo e fazer um pacto com ele que irá afetar futuramente o destino do reino e do seu personagem.
Futuramente, tenho três jogos na mira que ainda não experimentei, mas talvez um dia chegue a jogar (principalmente se rolar uma boa promoção): o Hearthstone (2014), que já é um clássico da gigante Blizzard; o Thronebreaker (2018), da CD Projekt Red e que é baseado no universo de The Witcher; e o Artifact (2018), da Valve, que parece que não está indo muito bem e tem recebido diversas avaliações negativas, mas ainda tenho curiosidade porque né, eu amo a Valve.
A CD Projekt Red também lançou um card game gratuito, Gwent: The Witcher Card Game (2018). Consiste em partidas de melhor de três e o jogo é todo baseado no universo fictício de The Witcher. A jogabilidade assemelha-se a Magic e outros do gênero, mas achei pouco explicativo e no começo a gente fica meio perdido sobre as funções das recompensas. É preciso pesquisar bastante para se familiarizar com as facções e as funções das cartas a fim de montar decks estratégicos.
Para os mais nerds que gostam de estatísticas e logs de atividades, no site do jogo você tem acesso ao seu perfil com todo o histórico de partidas, aquisição de cartas, etc. Gwent é gratuito, mas é preciso criar uma conta na plataforma Gog (que pertence à CD Projekt), mesmo que você jogue pela Steam.
Card City Nights (2014) tem um visual e uma jogabilidade bem simples. O elemento peculiar é que as cartas têm umas setinhas e você deve fazer combinações de três cartas para usar suas habilidades e então eliminar as cartas do tabuleiro. Há duas formas de perder: zerando seus pontos de defesa, ao ser atacado pelo oponente, ou quando seu tabuleiro fica cheio de cartas porque você não fez as combinações. É um joguinho bem casual e de fácil aprendizado.
Agora em 2019 foi lançado Kards, de uma desenvolvedora indie. É gratuito e tem gráficos e sonoplastia bem agradáveis (com direito a uma relaxante música vintage). Ambientado no tema da Segunda Guerra, as cartas são tropas, aviões, tanques, navios e obviamente você deve ir abrindo caminho no tabuleiro para derrotar a carta que representa a base inimiga. Você pode jogar de forma bem casual, mas pode se aprimorar ao estudar as habilidades de cada carta e a melhor maneira de utilizá-las.
Reigns (2016) e Reigns: Her Majesty (2017) não são jogos de tabuleiro ou combate, mas envolvem cartas. Com um visual simples e fofo, o jogo consiste em você ir fazendo escolhas de cartas que levam a história do reino a destinos diferentes, numa espécie de RPG. Podem acontecer coisas engraçadas, jogadas de sorte ou azar e até fenômenos sinistros, como encontrar o Diabo e fazer um pacto com ele que irá afetar futuramente o destino do reino e do seu personagem.
Futuramente, tenho três jogos na mira que ainda não experimentei, mas talvez um dia chegue a jogar (principalmente se rolar uma boa promoção): o Hearthstone (2014), que já é um clássico da gigante Blizzard; o Thronebreaker (2018), da CD Projekt Red e que é baseado no universo de The Witcher; e o Artifact (2018), da Valve, que parece que não está indo muito bem e tem recebido diversas avaliações negativas, mas ainda tenho curiosidade porque né, eu amo a Valve.
A CD Projekt Red também lançou um card game gratuito, Gwent: The Witcher Card Game (2018). Consiste em partidas de melhor de três e o jogo é todo baseado no universo fictício de The Witcher. A jogabilidade assemelha-se a Magic e outros do gênero, mas achei pouco explicativo e no começo a gente fica meio perdido sobre as funções das recompensas. É preciso pesquisar bastante para se familiarizar com as facções e as funções das cartas a fim de montar decks estratégicos.
Para os mais nerds que gostam de estatísticas e logs de atividades, no site do jogo você tem acesso ao seu perfil com todo o histórico de partidas, aquisição de cartas, etc. Gwent é gratuito, mas é preciso criar uma conta na plataforma Gog (que pertence à CD Projekt), mesmo que você jogue pela Steam.
Ancient Enemy (2019) é um indie com uma jogabilidade bem simples, mas que oferece algumas horas de distração. Com o progresso você vai aprimorando os poderes do personagem e adquirindo novas cartas, mas mesmo no endgame o deck é bem limitado.
Browseando um pouco a Steam, facilmente encontro vários outros card games, muitos gratuitos. Eis alguns que também não cheguei a experimentar: Solar Settlers (que tem uma ambientação espacial); Fate Hunters; Gems of War; o clássico Uno; The Lord of the Rings: Adventure Card Game (esse fiquei curioso por causa do tema, óbvio); Shadow Hand; Cultist Simulator (cheguei a experimentar uma demo gratuita e parece interessante), Infinity Wars, Magic Duels, etc. etc.
Browseando um pouco a Steam, facilmente encontro vários outros card games, muitos gratuitos. Eis alguns que também não cheguei a experimentar: Solar Settlers (que tem uma ambientação espacial); Fate Hunters; Gems of War; o clássico Uno; The Lord of the Rings: Adventure Card Game (esse fiquei curioso por causa do tema, óbvio); Shadow Hand; Cultist Simulator (cheguei a experimentar uma demo gratuita e parece interessante), Infinity Wars, Magic Duels, etc. etc.
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