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Agents of S.H.I.E.L.D., a mais longa série do MCU

Agents of S.H.I.E.L.D. (2013-2020)

A primeira fase do MCU, o universo compartilhado de filmes da Marvel, durou de 2008 a 2012, começando com o filme do Homem de Ferro (2008), depois o Incrível Hulk (2008), Homem de Ferro 2 (2010), Thor (2011), Capitão América (2011) e culminando no grande e inesquecível crossover dos Vingadores (2012).

Lady Sif, Agents of S.H.I.E.L.D.

Então eis que surgiu a primeira série baseada neste universo, Agents of S.H.I.E.L.D. (2013). A ideia era produzir uma série que adotasse o mesmo princípio de universo compartilhado dos filmes. O primeiro grande exemplo disso foi a aparição da Lady Sif na primeira temporada, ela que é uma personagem dos filmes do Thor, uma guerreira asgardiana. Na segunda temporada vimos a Agent Carter, vinda dos filmes do Capitão América.

Agent Carter, Agents of S.H.I.E.L.D.

Todavia, essa coisa de fazer crossovers com personagens dos filmes não foi muito além disso. O principal crossover, claro, envolve o próprio protagonista da série, o agente Coulson, que sempre esteve ali nos filmes do MCU ao lado do Nick Fury, foi quase morto pelo Loki, inclusive.

Aconteceu então que, apesar das ocasionais menções aos eventos do MCU, Agents of S.H.I.E.L.D. foi seguindo um caminho próprio e cada temporada se tornou uma saga envolvendo algum vilão criado na própria série, como o Ward, a inumana Raina, a androide Aida, etc.

Falando em inumanos, é interessante que os inumanos de Agents of S.H.I.E.L.D. acabaram sendo melhor desenvolvidos que os inumanos da própria série intitulada Inumanos (2017). Comentei sobre essa série em outro post (aqui). 

Kree, Agents of S.H.I.E.L.D.
Basicamente os kree são humanos pintados de azul.

Com sete temporadas de mais de vinte episódios cada, Agents of S.H.I.E.L.D. é até o momento a maior série da Marvel, a de mais longa vida e que teve oportunidade de apresentar muitos personagens além da equipe principal, sem contar que trouxe uma civilização alienígena bem conhecida dos quadrinhos: os kree

Ghost Rider, Agents of S.H.I.E.L.D.
A gente chama de "Motoqueiro", mesmo ele dirigindo um carro.

De todos os personagens, porém, o melhor foi o Motoqueiro Fantasma. Ele veio na quarta temporada como algo de uma natureza bem diferente do costumeiro na série. Não era alien, nem inumano, nem alguma criatura tecnológica, mas sim uma entidade mística.

O CGI do personagem ficou muito bom e o ator também encarnou bem o papel, de modo que pode-se dizer que esse Motoqueiro Fantasma é melhor do que aquela primeira versão do Nicolas Cage, de 2007. Fenômeno semelhante aconteceu com o Justiceiro, cuja versão da série também é melhor que qualquer outra do cinema. Sobre o Justiceiro, falei em outro post também (aqui). Como prova de seu sucesso, o Motoqueiro, o Ghost Rider, ganhará seu próprio spin-off em 2020.

(Aaand, algumas horas depois que postei isso, veio a notícia que a Hulu havia desistido da série do Ghost Rider. Ok né).

Existe um episódio em particular que pra mim se tornou memorável e considero o melhor de toda a longa série: o quinto episódio da terceira temporada, intitulado 4,722 Hours, é como um conto à parte, mostrando uma peculiar aventura da Jemma Simmons que ficou aprisionada em um planeta hostil por 14 anos com um estranho. Ao longo dos anos essa dupla solitária naquele planeta se torna um casal, mas Jemma nunca se esquece do Fitz, que está lá na Terra.

É um pequeno romance épico de 40 minutos e que deu profundidade emocional à Jemma, além de mais complexidade e firmeza ao relacionamento dela com Fitz, pois sobreviveu ao exílio de 14 anos. Não à toa Jemma e Fitz são o casal mais shippado da série e mais na frente acabariam se casando, para fan service de todos que torceram por eles.

Agents of S.H.I.E.L.D. deu uma grande contribuição para enriquecer o MCU, enchendo-o de novos personagens, incluindo o Motoqueiro, e esse será o legado da série que chegará a seu fim em 2020. Talvez seu grande problema, ao menos pra mim, é o excesso de episódios.

Hoje em dia, com tantas séries pra se assistir, 22 episódios por temporada é demais. Agora temos um "padrão Netflix" de 10-13 episódios que é mais adequado, permite histórias sem muita encheção de linguiça e que podem ser rapidamente maratonadas. Nas duas últimas temporadas, aliás, eles já passaram a adotar o formato de 13 episódios.

Stan Lee, Agents of S.H.I.E.L.D.


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