É comum as pessoas insistirem em uma opinião, crença ou estilo de vida mesmo depois que racionalmente descobrem que estavam erradas, que foram enganadas, enfeitiçadas. Tem algo de orgulho nisso, mas também de autoproteção, pois quem foi feito de trouxa por um charlatão não suporta o incômodo mental que advém da descoberta. Saber a verdade pode ser uma experiência infeliz, de modo que a pessoa, em seu cálculo interno de custo-benefício, pode concluir que é melhor continuar vivendo em negação, ignorando a verdade e insistindo na mesma opinião errada, não dando o braço a torcer. A sua negação se torna ainda mais fácil quando o charlatão é amparado por uma grande estrutura de sustentação de suas mentiras, um sistema, uma autoridade. O trouxa ama a autoridade, pois esta pode ditar para ele uma verdade pronta e que sirva de travesseiro onde sua consciência possa se manter dormente.
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