Antes de descobrir a fórmula mágica do sucesso, com a criação do MCU a partir do primeiro filme do Homem de Ferro (2008), a Marvel passou por uma fase tosca e experimental que teve seus altos e baixos.
O principal motivo para a tosqueira era a limitação da tecnologia de efeitos especiais até os anos 2000. Ainda assim, conseguiram produzir um filme de qualidade como Blade (1998). Mas o problema não era apenas o CGI e sim a falta de experiência e a escolha errada da equipe de produção, roteiro, etc. Aí tivemos fiascos como o Demolidor (2003) e até a DC, já na Era MCU, cometeu os mesmos erros com o Lanterna Verde (2011).
O que pavimentou o caminho para o que viria a ser o MCU foram os filmes dos X-Men a partir de 2000 e do Homem Aranha a partir de 2002. Ambas as franquias também tiveram seus altos e baixos e representam o tempo em que a Marvel ainda não era Marvel.
A história é já bem conhecida: devido à falência dos anos 90, a Marvel vendeu os direitos cinematográficos de vários personagens, esfacelando o seu universo. A Fox se deu bem com os X-Men (e não muito bem com o Demolidor) e a Sony se deu melhor ainda com o Homem-Aranha e também ficou com ela o Motoqueiro Fantasma.
"You talking to me?" |
Sam Elliott como o coveiro misterioso e charmosão. |
O último exemplar da Marvel pré-MCU é o Motoqueiro Fantasma, cujo primeiro filme fora lançado em 2007, um ano antes do Iron Man, e o segundo em 2011, mesmo ano em que foram lançados Thor e Capitão América.
Os efeitos especiais dos filmes do Motoqueiro são toscos sim, mais por causa do baixo orçamento do que por uma limitação da época (afinal o Iron Man mostrou do que o CGI da época era capaz), mas ok, não é algo nível Spawn (ver resenha aqui) e é aceitável na tela o esqueleto em chamas e sua moto tunada.
A tosqueira mesmo fica por conta do ator, ninguém menos que Nicolas Cage, um mestre da tosqueira. Não, Nicolas Cage não é mau ator. Ao contrário, ele é complexo, multifacetado. Ele tem várias gradações de nível dependendo do filme, do roteiro, do gênero. Pode parecer bem caricato, overacting, hilário, ou pode ser dramático, tenso, badass, romântico, etc, etc.
No Motoqueiro Fantasma ele escolheu ser esquisito, o que combinou com o papel. Fazendo caretas diante do espelho e mostrando os dentes enquanto se transforma no caveiroso, Cage deu estilo ao personagem.
Anos depois, na série Agents of S.H.I.E.L.D. (resenha aqui) tivemos outra versão do Ghost Rider, mais pé no chão e interessante de fato, mas, convenhamos, a versão bizarra do Nicolas Cage continua sendo mais legal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário