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Outbreak, o mais icônico filme de epidemia

Outbreak (1995)

Epidemias são um tema antigo na história humana, bem como na ficção. Inspirado na gripe espanhola de 1918, em 1947 Albert Camus publicou sua novela A Praga, descrevendo o evento de uma epidemia que levou uma cidade a se isolar do mundo numa quarentena.

Nos anos 90, o medo de epidemias retornou forte por causa da AIDS. A AIDS aterrorizou uma geração e também estabeleceu o uso da camisinha na sociedade para sempre. Só que apareceu coisa muito pior, como o Ebola.

O misterioso Ebola tinha um desenvolvimento rápido e sintomas macabros, causando hemorragia em todo o corpo, uma cena de terror. Não à toa este vírus foi logo aproveitado para inspirar um filme que virou um grande ícone do cinema em termos de doenças e epidemias: Outbreak (1995), no Brasil traduzido como Epidemia.

Outbreak (1995)

O filme tinha um grande elenco, como  Dustin Hoffman, Rene Russo, Morgan Freeman, Donald Sutherland, Kevin Spacey e Cuba Gooding Jr. Foi feito pra ser um filme daqueles que enche a sala de cinema.

A primeira aparição do vírus se dá em um acampamento militar no Zaire, em 1967, e é uma cena bem emblemática para a forma leviatânica como o governo lida com uma crise dessas. É enviado um avião para o acampamento e a galera toda feliz achando que é ajuda, suprimentos, eis que ele solta um cilindro gigante e, antes que as pessoas se dessem conta, o acampamento é obliterado numa explosão. Eis a sutileza do governo. 


Na vida real, obviamente, nós tivemos desde 2020 um exemplo de como os políticos de fato lidam com este tipo de crise e não chega ao ponto de tacarem uma bomba num vilarejo pra impedir que o vírus saia dali. No filme, aliás, o vírus saiu, levado por um macaquinho contaminado que, posteriormente capturado, foi levado aos EUA, contaminhou humanos e aí a coisa saiu do controle.

Outbreak (1995)

Outbreak (1995)

Outbreak (1995)

Quando começam a surgir os casos e o governo enfim passa a tomar medidas, vemos um modelo que parece ter sido imitado ipsis literis pelos políticos atuais: quarentena, toque de recolher, pessoas com máscaras, cientistas com um traje hazmat, militares nas ruas, famílias separadas, campos de concentração, ops, de quarentena.

Curiosamente, o vilão não é o vírus, mas o governo e os militares, pois há um plano para bombardear a cidade infectada, seguindo a estratégia usada no Zaire. Os cientistas correm contra o tempo para desenvolver um antivírus eficiente e convencer os caras a não resolver a crise na truculência. 

Como era de se esperar, no filme o antivírus é rapidamente criado, as pessoas da cidade são tratadas e o bombadeio cancelado. Na verdade a ordem do general continua de pé, mas os pilotos do avião se rebelam e lançam a bomba no mar, salvando a cidade. Ah, o otimismo dos anos 90.

Outbreak (1995)

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