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Replicas, o Keanu Reeves Frankenstein

Replicas (2018)

Replicas (2018) é um daqueles filmes indie em que o Keanu Reeves de vez em quando participa. Reeves tem isso: ele ora está numa grande e inesquecível produção, ora aparece em alguma peça que mal será lembrada, como é o caso de Replicas.

Não é na verdade um filme ruim, desde que você mantenha a suspensão de descrença ligada, pois os absurdos da história vão escalando rápido. Reeves é um cientista envolvido em um projeto de transferência da mente de cobaias mortos para um cérebro artificial. Em um acidente ele perde toda a família e o que resolve fazer: copiar o cérebro da sua esposa e filhos e transferir para clones deles.

Replicas (2018)

Com ajuda de seu assistente nerd, o cientista rouba (pega emprestado) uns equipamentos da empresa e monta na própria garagem de casa um laboratório pra clonar a família. Faz isso numa virada de noite e após duas semanas os corpos estão crescidos e prontos para receber o upload das mentes.

Só que ele não tinha equipamento pra clonar todos, então teve que deixar de fora a caçula dos três filhos. Pra evitar que a sua família ressuscitada desse pela falta da garota, ele editou as memórias de todos, deletando as lembranças de sua existência. 

Replicas (2018)
Alice Eve, como a esposa hot do cientista nerd louco.

Esse cara vai parecendo cada vez mais psicopata com estas atitudes, recriando uma família artificial e tentando viver como se nada tivesse acontecido. Então aparece o patrão da empresa, que sabia de tudo e começou uma perseguição pra matar a família do cara. Ele conta pra esposa o que está acontecendo e ela facilmente compra a história. Ah, quer dizer que eu sou um clone e agora seu patrão quer me matar? Beleza, vamos fugir.

Em meio a essa treta o cientista consegue copiar a própria mente e carregar em um robô, de modo que acaba resolvendo seus desentendimentos com o patrão. O robô fica trabalhando no seu lugar na empresa e ele vai viver com sua família clonada. Felizes para sempre. Literalmente para sempre, já que nessa aventura ele desenvolveu a forma de se viver eternamente, transferindo a mente para clones de si mesmo, o que fica subentendido que é o que farão dali por diante. 

O filme é uma fraca homenagem aos clássicos de cientista louco, particularmente do tipo que tenta brincar de Deus e recriar a vida humana, como um Frankenstein ou um Re-Animator lovecraftiano.

Replicas (2018)
Behold the Re-Animator!

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