Star Trek é uma série cheia de lições existenciais, políticas, histórias, etc. Uma delas é: mesmo com todo seu progresso tecnológico e a capacidade de viajar pela galáxia, os humanos ainda são uma civilização primitiva e há outros seres extremamente mais avançados.
Já na sua primeira aventura, no episódio zero, eles se deparam com os talosianos, seres que desenvolveram avançados poderes mentais, capazes de manipular o senso de realidade dos humanos, colocando-os em uma vida imaginária, uma matrix mental.
Mas os talosianos não são nada perto de outras raças que os humanos ainda iriam conhecer. Inclusive os talosianos eram bem imperfeitos e limitados, não conseguiram avançar tecnologicamente (porque ficaram auto concentrados em suas vidas imaginárias) e, convenhamos, tinham uma aparência bem feinha.
No episódio 17 (The Squirel of Gothos), conhecemos Gothos, um alien que possui uma tecnologia capaz de transformar seus pensamentos em matéria, o que lhe dá poderes quase divinos. Ao fim é revelado que ele ainda é apenas uma criança brincando com os humanos como se fossem pets, enquanto seus pais são seres incorpóreos, que já existem além da matéria sólida.
No episódio 18 (Arena), seres cósmicos chamados metrons interferem na disputa entre humanos e uma raça reptiliana, colocando Kirk para lutar contra Gorn (aquele famoso lagartão). Os metrons têm uma aparência olimpiana e poderes praticamente divinos.
Um dos casos mais interessantes de contato com tais seres acontece no episódio 26 (Errand of Mercy). A princípio, os habitantes do planeta Organia parecem pacíficos e medievais humanos. Kirk e Spock os visitam encarando-os como uma civilização atrasada que precisa da ajuda deles. Kirk insiste em ajudá-los a alcançar o progresso científico e tecnológico, além de protegê-los contra os klingons.
Então os klingon invadem o planeta e, quando a coisa começa a ficar feia, os organianos tomam uma iniciativa e com extrema facilidade inutilizam todas as armas e naves de ambos, humanos e klingons. Manifestam sua verdadeira forma: são seres de pura energia e para eles aquelas duas civilizações cheias de agressividade são apenas crianças brigando à toa.
Sentindo a própria impotência diante daqueles seres, tanto humanos quanto klingons desistem da guerra que estavam prestes a iniciar e se separam, humilhados.
Nestes casos de contato com seres tão evoluídos, há sempre uma mesma mensagem que é um dos temas mais frequentes em Star Trek: o pacifismo. Seres transcendentes não têm interesse na violência, uma vez que eles de nada necessitam, não precisam guerrear, nem tomar nada de ninguém.
A consequência natural de evoluir é tornar-se pacífico já que nada representa uma ameaça à altura. As guerras e picuinhas são características de civilizações ainda em estágio primitivo, como humanos e klingons.
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