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How to Survive. Bom, mas bugado

How to Survive (2013)

Descobri recentemente esse joguinho indie e como estava numa boa promoção (team pechincheiros), resolvi experimentar. Bom que ele tinha uma demo gratuita que testei primeiro e vi que realmente fazia meu gosto. Tem exploração, crafting, evolução do personagem com skills e equipamentos, é bem completo para um jogo pequeno.

Os elementos que fazem um jogo ser bom ou ruim são, basicamente: o design (é o cartão de visita, já que o visual é a primeira coisa que você nota e também se inclui aqui a sonoplastia, música, etc.), a jogabilidade (a facilidade com que você se adapta aos controles, as mecânicas do personagem e dos cenários, a curva de aprendizado e dificuldade), a história e a estabilidade do software.

O quesito estabilidade é algo mais passivo e quanto menos o jogador se sinta desconfortável com o software, melhor. O ideal é que o jogo rode sem incomodar o jogador com lentidão, travamentos, crashes e bugs. Não se trata então apenas de não ser algo quebrado, mas também de ser otimizado. Às vezes um jogo aparentemente leve roda pesado, mesmo em um computador com suporte para ele. É falha na otimização. 

Mas voltemos ao How to Survive. A otimização, para um joguinho desse porte, poderia ser melhor, já que rodou a 20 e poucos FPS no meu computador e até o Team Fortress 2, que é multiplayer, roda comigo numa média de 30 a 40. De toda forma, deu pra jogar sem que o FPS parecesse ser um incômodo. 

Incômodo mesmo foram os crashes. Várias vezes tive que reiniciar e perdi uns minutos de progresso do jogo por causa disso. Às vezes a tela simplesmente ficava preta, às vezes o jogo fechava e todas as vezes que joguei, quando saia ele não fechava como deveria, continuava com uma instância rodando e eu tinha que forçar o fim do processo.

No mais, me diverti por umas 30 horas ao todo, explorei todas as ilhas, consegui fabricar a melhor armadura, lança chamas, motosserra, pistola, rifle, shotgun, metralhadora, arco e flecha, enfim, pude ter toda a experiência de jogo com os equipamentos. Quando conseguimos fazer flechas explosivas, aí fica bem melhor enfrentar os bosses, as balas incendiárias também são bastante úteis, mas não funcionam na chuva e aí entra outra arma que é excelente se usada com habilidade: o bumerangue. 

E assim fui de ilha em ilha, fazendo todas as missões e tal, até chegar ao final. Pra zerar o jogo enfrentei uma onda de zumbis e um boss, tudo junto, e quando enfim terminei, o bendito jogo entrou na tela preta. Repeti essa missão final, tela preta de novo. O desgraçado simplesmente não me deixou zerar. Aí resolvi parar por aí, mesmo com essa frustrante sensação de não ter recebido o achievement de jogo zerado.

Na verdade, desconfio que esses problemas só aconteceram porque o jogo nativamente só tem suporte para Windows e joguei no Linux via Steam Play, então nem posso reclamar porque o Steam Play é experimental mesmo. Tirando esses bugzinhos, o jogo em si é ótimo. 

A única coisa que me incomodou na jogabilidade é que o inventário é muito pequeno, mesmo depois que desbloqueamos slots. Tem muitos itens que vamos encontrando e sabemos que serão úteis no futuro, mas acaba faltando espaço pra guardar e a gente fica toda hora jogando coisas no chão e pegando de novo. Afinal existe muito crafting no jogo e é preciso ir juntando peças e mais peças, o que exige bastante espaço no inventário. Isso foi bem chato.

How to Survive (2013)

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