LIMBO foi um dos primeiros jogos que provei quando criei minha conta na Steam lá em 2016. É um joguinho indie dinamarquês de 2010 e já é um clássico do gênero. Aliás, assim como temos jogos roguelike, diablolike e metroidvania, LIMBO pode nomear uma categoria limbolike, jogos de puzzle ambientados em um mundo estilo purgatório.
É importante destacar que se trata de um purgatório ou um limbo e não o inferno, pois esse ambiente em que o personagem se encontra tem uma saída e sua jornada é uma espécie de expiação, de redenção.
No caso de LIMBO, temos um cenário 2D pelo qual o personagem se move como em um típico jogo de plataforma. Para avançar é preciso resolver os puzzles que são obstáculos no caminho, puzzles mortais. Assim, na tentativa e erro, você verá seu personagem morrer das formas mais cruéis, atacado por aranhas gigantes, perfurado por setas, serrado ao meio, caindo em precipícios, eletrocutado... O coitado realmente vive um inferno até conseguir sair dali. O final tem uma delicadeza e um sentimento de catarse que dão um charme a mais ao jogo.
Eldritch, lançado em 2013, tem um visual 3D meio Minecraft, mas com uma ambientação peculiar que se pode chamar de lovecraftiana. Você está em um mundo bizarro habitado por monstros e cheio de segredos e deve encontrar a saída enquanto desenvolve seus poderes mágicos e adquire armas pra enfrentar os monstros.
Em Nihilumbra (2013), você é uma criatura fantasmagórica se movendo em cenários fantásticos, resolvendo puzzles e enfrentando criaturas e um mal maior chamado Void, que a tudo consome. O diferencial desse jogo é a mecânica que envolve o uso de diferentes elementos da natureza.
Back to Bed (2014) não é bem um jogo infernal, mas merece entrar nessa lista pela ambientação surrealista. É localizado no subconsciente de um homem que é sonâmbulo e caminha por um cenário 3D onírico que lembra uma mistura da arte de Salvador Dali com Escher. Você deve interagir com o cenário para guiar o caminho do homem de volta à cama e evitar que caia do edifício.
Lovely Planet (2014) é um joguinho japonês que tem a peculiar fofura kawaii do Japão. Não há uma história e basicamente você atravessa cenários surreais que são tipo umas montanhas flutuantes entre as nuvens e com uma metralhadora de bolinhas vai derrubando uns inimigos fofinhos. A música é bem infantil e diferente do que se esperaria em um shooter. De toda forma, o jogo entra aqui na lista por causa do ambiente que parece ser algum tipo de limbo, apesar de ser um limbo bem colorido e com coraçõezinhos por toda parte.
Dreaming Sarah (2015) tem um visual bem simples, meio 8 bits ou 16 bits. A personagem está em coma e deve atravessar um cenário onírico, resolvendo puzzles, a fim de sair daquele mundo e acordar.
Gonner (2016) tem um visual 2D minimalista e bem agradável. À primeira vista nem parece que se passa em um ambiente infernal, já que os bonecos têm um design fofinho, mas esses bichinhos fofos são demônios querendo te despedaçar e você irá enfrentá-los com armas de fogo que vai adquirindo ao longo do jogo. A jogabilidade é roguelike, ou seja, se morrer tem que começar do zero, mas as armas e equipamentos que você vai desbloqueando ficam disponíveis nas novas partidas.
Soulless: Ray of Hope (2016) tem um cenário e puzzles que lembram vagamente o próprio LIMBO, porém não chega aos pés deste. É um LIMBO mais infantil.
HUE (2016), apesar do nome, não tem nada a ver com a zoeira brasileira (hue hue hue). "Hue" em inglês significa "matiz", a propriedade que nos permite distinguir cada espectro de cor. O jogo lembra um pouco LIMBO, pois inicia em um ambiente preto e cinza, mas o diferencial é que a sua missão é encontrar as cores, de modo que ao longo do jogo você vai desbloqueando cores para o mundo.
As cores têm um papel essencial na mecânica do jogo, pois você irá utilizá-las para tornar visíveis ou invisíveis itens do cenário como caixas, obstáculos e portas. Existem certos perigos, como espinhos e pedras rolantes que podem te matar, mas a jogabilidade é bem menos tensa e macabra do que LIMBO.
Você também vai encontrando umas cartinhas narradas por uma meiga voz feminina, o que contribui para tornar a história menos sombria.
Gloom (2017) é outro jogo de inspiração lovecraftiana. Você está em um cenário sombrio e encontra outras pessoas que também estão presas nesse mundo do sonho ou purgatório, além de criaturas hostis. A clara referência a Lovecraft está no fato de que você vai coletando partes do livro Necromonicon. O jogo é roguelike.
Pinstripe (2017) é um belo jogo com um visual meio Tim Burton e puzzles satisfatórios. O personagem é um ex-padre que parte em uma jornada para recuperar sua filhinha raptada pelo vilão Pinstripe. A ambientação surreal sugere que ele na verdade está morto e atravessa o purgatório carregando a culpa por ter perdido sua filha e esposa em um incêndio.
Ao mesmo tempo, existe essa sugestão de que Pinstripe é um abusador de crianças. Olhando desta forma, é um jogo bem pesado e creepy, mas ao mesmo tempo o final, quando o padre se reúne à sua família, tem aquela agradável catarse da redenção. A trilha sonora (composta pelo próprio desenvolvedor do jogo, Thomas Brush) é muito boa.
Plasticity (2019) não é beeem ambientado num purgatório, mas simbolicamente pode-se dizer que sim. O jogo (que é gratuito aliás) basicamente pretende passar uma mensagem ecológica e temos um garotinho percorrendo o cenário e lidando com problemas de poluição envolvendo o plástico.
É estranhamente mal otimizado e mesmo nos gráficos mínimos chegou a rodar entre 5 e 15 FPS, além de ter controles pouco responsivos (e olha que são controles bem simples: as setas de movimento e o Ctrl para interações).
Plasticity (2019) não é beeem ambientado num purgatório, mas simbolicamente pode-se dizer que sim. O jogo (que é gratuito aliás) basicamente pretende passar uma mensagem ecológica e temos um garotinho percorrendo o cenário e lidando com problemas de poluição envolvendo o plástico.
É estranhamente mal otimizado e mesmo nos gráficos mínimos chegou a rodar entre 5 e 15 FPS, além de ter controles pouco responsivos (e olha que são controles bem simples: as setas de movimento e o Ctrl para interações).
Hell is Other Demons (2019) é um belo joguinho pixelado, com uma ambientação infernal. O mapa consiste em salas onde você enfrenta ondas de monstros. É preciso zerar as ondas de uma sala pra desbloquear a próxima e à medida em que avança as salas vão ficando mais difíceis, algumas possuem bosses e também há lojas onde você gasta seus pontos com itens que aprimoram seu personagem. É um joguinho divertido, mas é preciso grindar muito pra evoluir, tanto que há salas com ondas infinitas que servem justamente para ficar farmando pontos.
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