Conheci o primeiro Streets of Rage na época em que foi lançado, ali no começo dos anos 90. Era o tempo em que as crianças não tinham internet e poucas tinham consoles (na época Atari, Nintendo, Master System, Mega Drive, Super Nes, etc.). A maioria, como eu, conheceu o video game nas locadoras ou fliperamas. Pra jogar era preciso sair de casa e gastar umas moedas por hora.
Streets of Rage foi simplesmente um dos maiores jogos de luta daqueles tempos, assim como Street Fighter 2, sendo que Street Fighter está num subgênero de duelo enquanto Streets of Rage é beat and up, bater e seguir adiante batendo mais até chegar num chefão.
Que jogabilidade gostosa que tinha! E ainda hoje é agradável e não enjoa. Na época, então, parecia ser um jogo bem rico de recursos se comparado a outros beat and ups. Tem soco, chute, voadora, ao agarrar um inimigo pode esmurrar, dar joelhada, cabeçada, arremessar, pular pras costas e arremessar de costas...
Cada um dos três personagens (também conhecidos como o negão, a mulher e o loirão) tem suas próprias maneiras de executar estes golpes, além de balanceamentos diferentes de força, velocidade e salto. Como se não bastasse tudo isso, era possível combinar alguns golpes jogando em dupla (por exemplo, você podia arremessar seu parceiro, dando um boost na voadora dele). Jogar em dupla era muito mais divertido.
Cada um dos três personagens (também conhecidos como o negão, a mulher e o loirão) tem suas próprias maneiras de executar estes golpes, além de balanceamentos diferentes de força, velocidade e salto. Como se não bastasse tudo isso, era possível combinar alguns golpes jogando em dupla (por exemplo, você podia arremessar seu parceiro, dando um boost na voadora dele). Jogar em dupla era muito mais divertido.
Por fim, ainda há a mecânica do cenário, a possibilidade de coletar facas, bastões, canos e garrafas (que quebram na primeira pancada e viram garrafas pontiagudas). Você pode usar o cenário a seu favor ou ser vítima dele, pois tem esteiras rolantes, prensas esmagadoras e o melhor: a fase do elevador onde você pode arremessar vários inimigos edifício abaixo.
Ah, e tinha um recurso especial: chamar a polícia. A tela congelava, chegava um carro como o do Robocop e disparava uma saraiva de bazuca no cenário. Era o recurso de apelação na hora do aperto e contra os bosses.
Os chefões eram memoráveis e eram conhecidos pelos apelidos que nós crianças inventávamos nas locadoras: o cara do bumerangue, o Freddy Kruegger (um boss que tinha garras e não perdoava voadoras), o Conan, o gordão que cuspia fogo, as duas gêmeas ninjas e o ultimo era um mafioso com metralhadora estilo Scarface. Até os capangas eram estilosos. Tinha uns carinhas de cabelo moicano que por causa das roupas pareciam as tartarugas ninja e davam rasteiras estilo carrinho. Tinha uns palhaços malabaristas bem chatos, uns ninjas, carinhas empunhando armas que dropavam pra você usar. Tinha uns carinhas que, se você desse bobeira, te imobilizavam pelas costas, mas você podia reagir com um contragolpe. E a mulher do chicote hein. Quem não curtia a mulher do chicote?
Levando em conta que se tratava de um jogo do comecinho dos anos 90, um trocinho que tinha só alguns megabytes de tamanho, era realmente bem complexo e cheio de recursos, com uma inteligência artificial dos inimigos bem elaborada. E estamos falando só do primeiro jogo, lançado em 1991. Em 1992 já veio o segundo e em 1994 o terceiro. Obviamente a cada continuação implantaram novidades na mecânica, novos inimigos, mais cenários, mais história, ampliando o lore dos personagens, mas o primeiro jogo da franquia tem um charme especial. A música meio hip hop eletrônico do Yuzo Koshiro é icônica e o visual do jogo em si tem uma estética bela, com aqueles cenários num jeitão underground e punk.
E eis que agora, 25 anos depois, a Sega finalmente anuncia o Streets of Rage 4! Algumas imagens e um teaser já foram divulgados. O visual está agradável, modernizado, claro, mas mantendo a temática da franquia. Taí um jogo que eu sei que vai ser bom. Vai ser bom para os nostálgicos, mas também pra todos que curtem um beat and up.
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