O cinema estadunidense tem uma longa tradição de filmes de guerra, alguns inclusive ganharam Oscar, como O Resgate do Soldado Ryan (1998) e Platoon (1986), ambientados respectivamente na Segunda Guerra e na guerra do Vietnã e voltados mais para o drama do que a ação.
American Sniper segue o mesmo estilo, é um drama autobiográfico baseado no livro American Sniper: The Autobiography of the Most Lethal Sniper in U.S. Military History, de Chris Kyle. Chris Kyle participou de missões no Iraque após o atentado de 11 de setembro de 2001 e ficou conhecido pela eficiência como sniper, acumulando um grande número de mortes.
Chris é considerado o sniper mais letal da história militar estadunidense, com 160 mortes confirmadas, em dez anos de atividade (1999-2009), de modo que seus colegas o apelidaram de “A Lenda”. Sua autobiografia, que se tornou best-seller, foi publicada em 2012.
Seu tiro mais longo foi realizado em 2008, abatendo um rebelde iraquiano a 1920 metros de distância. Segundo ele reportou, este homem portava um lançador de granada (RPG). No filme o tiro mais longo é disparado contra um habilidoso sniper iraquiano, um personagem fictício acrescentado para tornar o enredo mais cinematográfico.
Chris sobreviveu às quatro campanhas em que participou no Iraque e ironicamente foi morto em 2013 nos Estados Unidos por outro militar, Eddie Ray Routh, que também lutou no Iraque e apresentava problemas mentais fruto de stress pós-traumático.
O filme retrata a guerra no Iraque sob a ótica de Chris Kyle, que está presente em todas as cenas. Ele experimenta o conflito entre o desejo patriota de proteger o seu país e seus colegas e o drama de consciência ao ter de matar civis recrutados pela Al Qaeda.
Bradley Cooper, que interpreta Chris, se tornou o décimo ator a receber três indicações consecutivas ao Oscar. Antes ele havia sido indicado por Trapaça (2013) e O Lado Bom da Vida (2012).
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