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Novidades do Neuralink

Elon Musk Neuralink

Já fazia um ano desde o último update do Neuralink em seu canal do Youtube. Ano passado, basicamente mostraram macacos e porcos com o implante e como o macaco controlava um video game com o pensamento. 

Monkey Neuralink

Dessa vez a live foi mais técnica, com a participação de vários engenheiros da equipe explicando os testes e procedimentos de implante. A parte mais chamativa de fato foi a explicação de como se dará o implante do chip. 

Foi projetada uma broca especial para "abrir a tampa" do crânio, um buraquinho do tamanho de uma moeda. Removido o osso, uma mão robótica vai inserir com uma agulha os 64 fiozinhos de contato do chip. A agulha deve atravessar a espessa camada da dura mater a fim de atingir a superfície macia do cérebro. É um procedimento fino, que evita vasos sanguíneos e não penetra senão alguns milímetros no córtex.

Neuralink surgery

É de fato curioso que algo tão simples seja suficiente para estabelecer uma comunicação entre neurônios e o processador. A parte mais complexa da pesquisa é justamente aprender a codificar a comunicação elétrica do cérebro e assim estabelecer uma linguagem de sinais elétricos que será usada entre o chip e o cérebro.

Uma vez implantado o chip, o buraco é novamente tampado com a pele. Parece que a ideia é que a base do chip ficará fixa, enquanto o chip em si pode ser substituído quando a pessoa quiser fazer um upgrade. Assim, o procedimento de instalar os fios não precisa se repetir.

Ainda há um longo caminho até esse troço realmente se tornar viável para a população geral, mas já está previsto o início de testes em humanos daqui a seis meses.

A verdade é que, por mais fantástico que seja o conceito, esse negócio de ter que fazer uma cirurgia não é lá muito atraente. Ora, o smartphone virou um fenômeno mundial pela praticidade e facilidade. Você compra o aparelho, liga e usa. Pode até pedir pela internet e ele chega na sua casa. 


Já com o Neuralink vai ser preciso que você vá a algum tipo de loja especializada, quase uma clínica, onde terá de ficar em uma mesa de cirurgia por talvez uma hora e passando por um procedimento invasivo no cérebro. 

É difícil, portanto, imaginar que isso vire um fenômeno de vendas como o smartphone, a não ser talvez se os benefícios forem realmente fabulosos, fazendo valer a pena. Digamos, por exemplo, que o Neuralink seja capaz de "curar" a depressão. Aí sim as pessoas não vão pensar duas vezes para fazer a cirurgia. 

O propósito inicial do dispositivo será mais voltado para benefícios médicos mesmo. A princípio para lidar com casos de paralisia, até cegueira. Quem sofre com estas condições não verá problema algum em passar pela cirurgia, uma vez que o benefício em muito compensa. À medida em que mais e mais problemas de saúde, especialmente neurológicos, forem solucionados pelo aparelho, então mais pessoas vão querer o implante, já que ele pode substituir remédios e outros tratamentos.

Pensando desta forma, no futuro o Elon Musk terá de travar uma guerra com a indústria farmacêutica, a chamada Big Pharma, afinal o chip vai concorrer com os antidepressivos e até as drogas contra dor de cabeça e impotência. Muitos tratamentos e remédios ficarão obsoletos.

Anyway, este futuro bem cyberpunk deve demorar ainda um tempo, no mínimo uma década até que o dispositivo esteja realmente pronto para comercialização. Até lá quem sabe até desenvolvam um método que não exija implante. 

Brain Computer Interface

Já existem tecnologias de BCI (Brain-Computer Interface) não invasivas, que funcionam com eletrodos que podem ficar sobre a cabeça como um capacete ou touca. A princípio é meio feinho, mas nada que um trabalho de design não resolva. Quem sabe no futuro inventem umas orelhas de gatinho ou um headset que seja capaz de se comunicar com o cérebro.

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