Existe um curioso fenômeno na carreira do Nicolas Cage: a frequência em que os nomes John, Johnny, Jack ou Joe aparecem nos seus filmes. É o multiverso J.
Até onde pude rastrear, a primeira encarnação de Joe/John/Jack do Nicolas Cage foi no filme Zandalee (1991), em que ele é Johnny Collins. No ano seguinte, em Honeymoon in Vegas (1992), ele se torna Jack.
No maravilhoso Con Air (1997), ele atende pelo nome de Cameron Poe, mas tinha um Johnny na história, o estuprador Johnny-23, interpretado por Danny Trejo. No mesmo ano, em Face/Off, outro John aparece em sua vida, pois ele contracena com John Travolta.
É a partir dos anos 2000 que a coisa vai se tornando frequente. Ele se torna Jack Campbell em The Family Man (2000) e Joe Enders em Windtalkers (2002), um filme, aliás, dirigido por John Woo. Em Lord of War (2005), ele foi o traficante Yuri Orlov, mas tinha como antagonista o agente Jack Valentine.
Em World Trade Center (2006), ele foi o policial John McLoughlin e nos dois filmes do Ghost Rider (2007,2011) ele foi o motoqueiro Johnny Blaze. Em Bangkok Dangerous (2008), ele nem mesmo precisou de um sobrenome e atendia simplesmente como Joe. Logo depois ele foi John Koestler em Knowing (2009).
Em The Frozen Ground (2013) ele era o policial Jack Halcombe e, se você ainda tinha dúvidas de que o Nicolas Cage tem uma coisa com estes nomes, eis que veio o filme simplesmente intitulado Joe (2013), em que ele interpreta o lenhador Joe.
Calma que tem mais. Em Vengeance: A Love Story (2017), dirigido por Johnny Martin, ele interpreta mais um policial chamado John. No ano seguinte, em Between Worlds, ele é Joe Majors. Em A Score to Settle (2019), um de tantos exemplares dessa sua produtiva carreira com filmes indies, ele é Frank Carver, mas toda a trama gira em torno da relação dele com seu filho, Joey.
Por enquanto é isto, mas já podemos dizer com certeza que outros Joes, Johns e Jacks virão em filmes futuros. Aliás, ele já está trabalhando em uma futura série em que interpretará o bizarro Joe Exotic.
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