Há muitos anos, fui atendido em um hospital que era administrado por freiras. De vez em quando eu via passar algumas freiras pelos corredores, mas eis que certo momento apareceu uma senhora, devia ter uns 60-70 anos, que chamou minha atenção porque havia algo nela, uma espécie de beleza incomum.
Fisicamente era uma idosa bem aparentada, mas senti que havia outra camada, como que uma maquiagem invisível que a cobria, uma aura de beleza. Foi uma das pessoas mais belas que já vi na vida.
O que chamamos beleza, de fato, vai muito além do corpo. É uma tolice esse negócio de falar que a beleza tem a ver com as proporções do rosto. Beleza não é matemática, é caótica. Há mil elementos envolvidos.
Em algumas pessoas os feromônios têm grande papel, em outras as microexpressões, a sutil linguagem corporal, a maneira de sorrir, de olhar, de mover os lábios, também o estado psíquico influi... Nessa freira, não sei exatamente quais destes elementos havia, mas sei que tinha isso que é muito raro eu ver algo igual na maioria das pessoas, esta aura.
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