Uma nave cai no quintal de um casal de fazendeiros e eis que eles encontram um bebê. Esta criança alienígena com o tempo desenvolve superpoderes como um corpo invulnerável, extrema força física e até o poder de disparar raios dos olhos.
É, todo mundo sabe que essa é a descrição da origem do Superman e Brightburn (2019) faz uma homenagem a ela só que de uma forma um tanto macabra, como se misturasse Superman com Precisamos falar sobre Kevin.
Dos irmãos Gunn, James Gunn se tornou o mais conhecido por sua carreira no MCU. Ele estourou a partir de Guardiões da Galáxia, em 2014, mas anos depois foi cancelado pela internet por causa de seu histórico de tuítes com um humor sórdido.
James Gunn não é o único da família a se envolver com cinema e também não é o único perturbado da cabeça. Sean Gunn é ator há um bom tempo, Patrick Gunn é produtor cinematográfico, Beth Gunn foi a única que não seguiu a carreira do cinema, se tornando advogada. E, por fim, temos Brian Gunn e Matt Gunn. Foram estes dois que escreveram a sombria história de Brightburn.
No filme, Brandon um garoto que teve uma boa criação, com pais que o amavam e que não tinha nenhum motivo para odiar as pessoas ou se tornar um psicopata, mesmo assim algo acontece durante a adolescência, quando ele descobre que tem superpoderes e desenvolve uma dupla personalidade que ouve vozes em uma espécie de língua alienígena falando para que ele domine o mundo.
O menino começa a cometer assassinatos em série, inclusive de membros da família, e pretende tocar o terror no mundo. Essa é a forma perturbada com que os irmãos Gunn reinterpretaram a figura do Superman, transformando-o de um símbolo de esperança para o puro desespero.
No mundo de Brightburn os seres superpoderosos não querem salvar ninguém e ninguém está a salvo deles. Nas cenas pós-créditos, vemos um youtuber do tipo teórico da conspiração mencionando outros superseres que parecem versões malignas da Mulher Maravilha, Aquaman e Batman. Uma Liga da Justiça psicopata.
Brightburn tem uma proposta interessante, mas o desenrolar da história não é lá grande coisa. É um filme de terror genérico, misturado com o famoso gênero de super-heróis. O filme não tem receio de adotar o gore e a violência explícita, algo raro no cinema que está cada vez mais family friendly, o que é um ponto positivo.
Como todo psicopata que se preze, Brandon tem seu caderno com desenhos bem perturbados.
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