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Entre Mundos e o Universo Compartilhado Nicolas Cage

Between Worlds (2018)

Em Bangkok Dangerous (2008), Nicolas Cage interpretou um cara chamado Joe; em 2013, ele atuou em outro filme simplesmente intitulado Joe; e mais uma vez, em Between Worlds (2018), Joe está de volta. Isto poderia levantar uma teoria: e se existir um Universo Compartilhado do Nicolas Cage?

Também em 2018 Cage atuou em outro indie, Mandy. Dessa vez seu nome era Red, mas seu personagem é de um tipo bem parecido com os outros Joes, um cara simples e fudido, tentando levar a vida e vivendo um romance trágico.

Between Worlds (2018)
É, o filme já começa dando close em um cofrinho. Desculpa (ou de nada).

Em Mandy, sua esposa é cruelmente assassinada em chamas. Coincidentemente, no outro filme do mesmo ano, Between Worlds, sua esposa também morreu em um incêndio, porém volta ao mundo dos vivos como um espírito obsessivo, possuindo o corpo de uma garota. 

É como se estes personagens de Cage fossem o mesmo cara revivendo em loop certas maldições a cada filme. São várias versões do mesmo sujeito, mundos paralelos quem sabe, em que o coitado paga seus pecados na mão de sádicos diretores indies.

Nicolas Cage and Franka Potente; Between Worlds (2018)
Run Lola Run!

Maria Pulera é o nome da diretora novata de Between Worlds e, apesar da injusta pontuação de 4.0 no IMDb, acho que ela fez um bom trabalho neste filme. Ela, assim como Panos Cosmatos em Mandy, soube aproveitar o potencial para a simplicidade excêntrica de Nicolas Cage.

O plot de Entre Mundos tem elementos de fantasia, pois ele conhece uma moça que consegue acessar o mundo dos mortos, uma medium basicamente (interpretada por Franka Potente, famosa pelo clássico Run Lola Run, de 1998), e a história é como uma tosca novela. 

Between Worlds (2018)
Uma brincadeira metalinguística do filme: Joe gosta de transar lendo um livro de memórias de ninguém menos que o próprio Nicolas Cage.

Joe conhece uma caminhoneira que estava sendo estrangulada (com consentimento) em um banheiro, viram namorados, eles transam, depois ele a estrangula (com conentimento) para que ela acesse o mundo dos mortos a fim de trazer de volta a alma da filha que estava em coma. A garota acorda, mas possuída secretamente por outra alma, a da esposa morta de Joe. Resultado: Joe transa com a filha da sua namorada.

Penelope Mitchell; Between Worlds (2018)

Maria Pulera; Between Worlds (2018)
Maria Pulera. Ela não é fulera.

E a coisa vai escalando, Joe e a esposa reencarnada na bela Penelope Mitchell viram assassinos fugitivos, até que o coitado, num último gesto de redenção, ateia fogo a si mesmo. Joe agora terá descanso, pelo menos até voltar em algum outro filme indie, retomando seu destino de Sísifo.

Nicolas Cage; Between Worlds (2018)
O batismo de água e fogo de Joe.

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