Os irmãos Grimm foram mais folcloristas e linguistas do que propriamente contistas ou narradores, logo, seus contos não são assim um primor literário, mas a simplicidade da narração é bem adequada ao gênero infantil e não à toa se tornaram clássicos.
Os contos de Grimm são fruto de uma pesquisa folclórica, trazendo para o livro impresso as antigas histórias populares passadas de geração em geração. Assim como nos mitos, há muito nonsense, muitos acontecimentos fantásticos, animais que falam, pessoas que se transformam em animais ou objetos e tantos outros absurdos que alimentam a imaginação daqueles que leem ou ouvem as histórias.
Um bom exemplo é o Lobo Mau, que engole a vovozinha inteira e depois o guarda abre a barriga dele, enquanto ele está dormindo, tira a vovozinha viva e inteira, coloca umas pedras dentro e costura a barriga de volta. O Lobo em nenhum momento acorda durante esta grotesca cirurgia.
A violência explícita, como no exemplo do Lobo, é bem frequente. Há até casos de madrastas que matam os filhos e também perversões como o incesto. Tudo isto pode chocar algumas pessoas hoje em dia, mas, se pensarmos bem, mesmo hoje nós ainda temos bastante violência na ficção, especialmente em filmes e séries.
Nos contos temos fadas, anões, gigantes, dragões, enfim, o pacote completo de fantasia que inspirou os desenhos animados do século XX, especialmente os da Disney, que produziu muitas adaptações, como Cinderela, A Bela Adormecida, Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho, Rumpelstichen, etc.
Nenhum comentário:
Postar um comentário