Séries de detetive ou investigação criminal são um gênero já bem estabelecido na TV americana. Em alguns casos acontecem até hibridismos de gêneros, como Lúcifer (resenha aqui), uma série de super-heróis de quadrinhos em que o protagonista trabalha com a polícia solucionando crimes.
Elementary não realiza exatamente um hibridismo de gêneros, mas faz uma curiosa mutação no protagonista e seu universo. Sherlock Holmes é o detetive mais famoso do mundo. Suas histórias, escritas por Arthur Conan Doyle, consagraram o gênero de detetive (e inspiraram até a criação do Batman). Nesta série da CBS, que durou de 2012 a 2019, Sherlock surge como uma espécie de versão de uma realidade alternativa, vivendo em pleno século XXI e tendo como companhia uma versão feminina de Watson.
Sherlock é interpretado por Jonny Lee Miller (também conhecido como ex da Angelina Jolie) e Watson é a Lucy Liu (a eterna Pantera). A série durou bastante, afinal este tipo de gênero pode seguir por tempo indeterminado usando a mesma fórmula em todo episódio: alguém morre, os detetives vão investigar a cena do crime ou as evidências, interrogam suspeitos e no final o caso é resolvido.
Sherlock se destaca nesta atividade pela sua mente brilhante que combina um amplo arsenal de conhecimentos gerais (ele sabe um pouco de tudo e o que não sabe aprende rápido pesquisando) e uma afiada intuição dedutiva.
As deduções dele chegam a ser forçadas pelo roteiro em diversas ocasiões, mas OK, a gente liga a suspensão de descrença e aceita o fato de que ele é realmente muito bom em interpretar detalhes. Somado a isso, ele sabe lutar, destrancar fechaduras, se livrar de algemas e como hobby cria abelhas.
Ao longo da série vai se desenvolvendo a relação dele com a Watson que obviamente é feita para criar aquele clima de eterno shipp. O público torce para eles virarem um casal, mas isso nunca acontece. O lado humano de Sherlock se mostra na sua grande fraqueza que é o fato de já ter sido viciado em drogas.
Todos estes detalhes do personagem são, de fato, uma correta homenagem ao Sherlock de Conan Doyle: o uso de drogas, a habilidade de luta com bastão, a inteligência dedutiva, a relação problemática com o pai, até o vilão Moriarty aparece na série, numa versão feminina interpretada pela Natalie Dormer (sim, a Margaery de Game of Thrones).
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