Joguei Team Fortress 2 de Janeiro de 2018 até Junho de 2019. Foi a mais longa experiência que tive com um FPS e em termos de horas de jogo só fica atrás de Runescape e Tibia que joguei ao longo da última década quando os MMORPGs ainda estavam em alta.
Chegou um ponto em que resolvi parar porque existe um mundo de jogos pra gente experimentar e eu não podia ficar preso pra sempre em um único jogo. Existem alguns jogos assim, que têm tanto conteúdo ou potencial de rejogabilidade, que você pode se dedicar exclusivamente a eles por meses, até anos. Isso acontece bastante com MMORPGs, alguns FPS e MOBAs, como o LoL.
Bom, tive diversão suficiente em TF2. Felizmente não parei por ter passado raiva com a comunidade (em toda comunidade multiplayer tem gente tóxica, mas até que em TF2 tive raros momentos de aborrecimento). Parei no auge, tendo alcançado várias conquistas, aprimorado minhas habilidades e juntei até uma boa quantidade de itens cosméticos.
Então em Julho de 2019, já saudoso de Team Fortress, resolvi experimentar Paladins. Na época não joguei muito e dei uma pausa, experimentando outras coisas ao longo do ano, até que retornei em Janeiro de 2020 e passei a jogar praticamente todo dia até hoje. Foram três meses de dedicação e aprendizado, até mesmo assistindo algumas gameplays para pegar dicas.
Ao longo destes três meses, comprei um passe de batalha e depois, com os cristais que farmei jogando, pude comprar o passe mais recente, chamado Areias do Mito, baseado na mitologia egípcia. Já estava decidido a parar de jogar quando completasse os 80 níveis desse passe e foi o que fiz.
Apesar de ter mais de trinta personagens, foram poucos que realmente me agradaram. Raum se tornou meu main e cheguei ao nível 40 com ele. Ele é o mais independente dos tanks e a meu ver o mais versátil. Tendo uma quantidade absurda de vida e muito self sustain, pode funcionar bem como tank, desde que tenha um healer competente ou os adversários não sejam muito focados em dano.
Quando há muito dano na equipe adversária, o Raum mesmo com healer é simplesmente fuzilado, pois eles obviamente vão visá-lo mais que tudo. Quando não há tanto foco assim em cima dele, o Raum consegue ser um tank bem satisfatório. E dada sua grande capacidade de curar a si mesmo, ele pode ser um tank independente de healer e é o que gosto nele.
Afinal, jogo partidas casuais com pessoas desconhecidas. Diferente de equipes organizadas de jogadores que trabalham em grupo, se comunicando por Discord ou ingame, em partidas com estranhos você simplesmente se lança no desconhecido. Você não sabe o nível de habilidade de seus colegas ou as estratégias que vão usar.
Jogando assim às cegas, prefiro apostar num tank que possa se virar sozinho do que ir esperando que haja um healer à disposição ou danos para me ajudar a derrubar o tank adversário. Com Raum posso me adaptar a qualquer cenário. Se tiver uma equipe engajada, ótimo; se não, posso improvisar.
Jogando assim às cegas, prefiro apostar num tank que possa se virar sozinho do que ir esperando que haja um healer à disposição ou danos para me ajudar a derrubar o tank adversário. Com Raum posso me adaptar a qualquer cenário. Se tiver uma equipe engajada, ótimo; se não, posso improvisar.
Quanto aos healers, gostei mais de Jenos e Grover, chegando no nível 30 em ambos. A cura do Jenos é fraca e passei bastante raiva com players reclamando o clássico "need healing" mesmo quando eu os estava curando. É uma cura tão fraca que, com as penalidades do cauterizar, chega a ser ridícula, aí os players ficam com impressão que o healer não os está curando quando na verdade ele está feito um louco tentando curar todo mundo.
Por outro lado, Jenos faz algo que nenhum outro healer faz, que é curar através das paredes, além disso ele tem uma range bem longa, de modo que é o melhor healer quando se trata de distribuir cura para todos os membros da equipe. O tank fica prejudicado, pois recebe menos do que receberia de uma Furia, por exemplo, mas a equipe como um todo é assistida e ainda ganha bônus de dano. Quando a equipe é boa, Jenos funciona muito bem, como um maestro distribuindo suas curas enquanto todos fazem o que devem fazer.
Já o Grover tem um raio de alcance bem menor e se move devagar. É um healer pra ficar perto do tank e quem precisar de cura tem que ir até ele. Em compensação, Grover (que é claramente um kibe do Groot, assim como Pip é kibe do Rocket Raccoon) é bem equilibrado em seu potencial ofensivo e defensivo. Ele usa um cipó pra escapar de situações perigosas (me ajudou bastante nos momentos em que a Skye mandou o seu famigerado "time is ticking" e explodiu todo mundo). Com esse cipó, ele compensa a lentidão da caminhada e pode se mover para lugares altos e estratégicos.
O seu tiro principal é bem forte, chegando a 700 e até 1000 de dano, dependendo da distância, o que faz do Grover, curiosamente, um bom sniper. De todos os healers, ele é o que melhor consegue dar o troco em snipers que tentam acertá-lo à distância. Se o Grover está ao alcance de um sniper, o inverso também acontece e assim ele consegue intimidar o adversário e até matá-lo sem precisar de ajuda.
Já o tiro alternativo pode ser configurado pra paralisar ou incapacitar ações dos adversários, o que em diversas situações é bem útil. Um Grover assim ofensivo dá uma boa contribuição para desestabilizar a equipe inimiga. Não é um healer molenga e indefeso. Na verdade, em termos de dano ele ainda está atrás da Furia, mas acabei descobrindo a fúria bem tarde e não fui muito longe com ela.
Em termos de dano gostei bastante da Tyra no começo, especialmente por causa da granada incendiária que é ótima pra spamar no ponto de captura e fritar um Raum ou qualquer outro tank. Só que depois descobri o potencial da Willo e se tornou minha favorita. Inclusive minha última partida antes da aposentadoria foi com ela, terminando com um saldo de mais de 20 kills e outras 20 assistências. 180k de dano na partida.
Willo é uma excelente dano porque seu tiro padrão causa 500 de dano independente da distância (diferente de uma Tyra ou Viktor que perdem dano com a distância), de modo que é possível snipar com ela e ela vai causar dano decente em qualquer situação, seja snipando ou encarando alguém que veio pra cima. Por ter habilidade de voo (mais fraca que do Drogoz ou Androxus, mas ainda assim útil), ela pode se mover pra pontos altos do mapa onde se torna bem eficiente.
O bom da Willo são os combos. Ela tem dois disparos secundários, um com sementes explosivas e outro com uma espécie de bomba de fumaça que tanto causa dano nos inimigos quanto pode curar a ela mesma. Fazendo um combo destes três disparos a Willo soma uma grande quantidade de dano em área, podendo rapidamente matar um tank e ainda afetar vários inimigos ao mesmo tempo caso estejam aglomerados. Willo é uma das melhores personagens para expulsar os inimigos do ponto de captura.
Enfim, cheguei ao nível 30 com Willo e a Tyra. Já minha flanco preferida foi a Skye por causa da sua combinação de furtividade, a capacidade dela usar uma bomba de fumaça para ficar invisível e ao mesmo tempo se curar, e ela causa um dano considerável combando o disparo primário e o secundário que aplica dano de veneno.
Quase cheguei no nível 30 com ela, mas confesso que não gostei muito da posição de flanco. É uma posição bem ingrata, pois o flanco muitas vezes deve atravessar o campo sem qualquer assistência a fim de matar os inimigos mais estratégicos que estão lá atrás: os healers e snipers.
Quase cheguei no nível 30 com ela, mas confesso que não gostei muito da posição de flanco. É uma posição bem ingrata, pois o flanco muitas vezes deve atravessar o campo sem qualquer assistência a fim de matar os inimigos mais estratégicos que estão lá atrás: os healers e snipers.
Flanco é de fato a posição mais difícil e só jogadores com bastante experiência conseguem dominar esta arte. Eu poderia me aprimorar mais se continuasse jogando, mas já me dei por satisfeito com a experiência de três meses.
Paladins é claramente uma cópia mal feita de Overwatch. Nunca joguei Overwatch, mas pelos gameplays que já vi sei bem que em tudo é um jogo melhor trabalhado, dos gráficos e mapas à jogabilidade e estabilidade do jogo. Paladins é bem quebrado.
Talvez em metade das partidas que joguei eu experimentei alguma falha grave, o jogo crashou ou deslogou em algum momento e um bot assumiu meu lugar até que consegui reconectar. Os servidores são pesados, tem lag, tem delay, tem mil defeitinhos, um bugzinho aqui, outro ali, o design do mapa é tosco, com paredes invisíveis que atrapalham a movimentação, etc.
Talvez em metade das partidas que joguei eu experimentei alguma falha grave, o jogo crashou ou deslogou em algum momento e um bot assumiu meu lugar até que consegui reconectar. Os servidores são pesados, tem lag, tem delay, tem mil defeitinhos, um bugzinho aqui, outro ali, o design do mapa é tosco, com paredes invisíveis que atrapalham a movimentação, etc.
Apesar de todos os defeitos, Paladins ainda conseguiu ser satisfatório e até viciante. Não me arrependo de ter jogado.
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