Em termos de popularidade, Friends (1994-2004) é provavelmente a sitcom número um do mundo. Em importância, porém, fica atrás de Seinfeld (1989-1998) que é a mãe de todas as sitcoms dos últimos trinta anos.
Lembro de ter assistido alguns episódios aleatórios de Friends na TV aberta nos anos 90, mas na época não acompanhei a série e pouco ficou na minha memória. Só fui conhecer mesmo nos últimos cinco anos, quando maratonei as dez temporadas na internet.
A primeira vez que maratonei foi por volta de 2014 e na época me causou uma ótima impressão. Em 2019 repeti a dose, mas dessa vez não achei tão engraçado como antes, afinal agora estava vendo sem o fascínio da novidade. Aí pude perceber como muitas das piadas têm pouca graça e é a claque rindo a cada dez segundos que cria uma falsa ilusão de que toda frase que os personagens falam é engraçada.
Como, porém, são dez anos de conteúdo, dá pra extrair um bom volume de momentos memoráveis, gifs e memes: os trejeitos e esquisitices da Phoebe e do Chandler, bem como de alguns personagens esporádicos, como os pais de Ross e Monica que são hilários.
Seguindo o exemplo de Seinfeld, existem personagens coadjuvantes bem pitorescos e que dão boa parte da graça às situações, como o vizinho rabugento, o ugly naked guy, o tosco meio-irmão da Phoebe, a Janice com seu bordão "Oh my God!" e os vários atores convidados que costumam aparecer como namorados ou ficantes dos protagonistas.
Seguindo o exemplo de Seinfeld, existem personagens coadjuvantes bem pitorescos e que dão boa parte da graça às situações, como o vizinho rabugento, o ugly naked guy, o tosco meio-irmão da Phoebe, a Janice com seu bordão "Oh my God!" e os vários atores convidados que costumam aparecer como namorados ou ficantes dos protagonistas.
Aliás, eu diria que o forte de Friends são os convidados. Talvez seja a sitcom que mais investiu nisso, pois quase todo episódio tem algum ator ou atriz famosos de Hollywood, como Brad Pitt, Charlie Sheen, Julia Roberts, Bruce Willis, Tom Selleck, Reese Witherspoon, Jon Favreau, Paul Rudd, etc, etc.
E falando em Seinfeld, olha ali o George Costanza (Jason Alexander). |
O elemento mais controverso da série é a Jennifer Aniston. Ela é claramente a atriz que se tornou mais conhecida e teve a carreira mais produtiva fora de Friends. Ela foi a queridinha da série para a maior parte do público (eu, particularmente, gostei mais da Phoebe e você provavelmente também, mas falo do público em geral).
Phoebe S2. |
Prova de seu favoritismo é o fato de toda a série ter girado em torno dela. Sempre foi comum as séries e novelas explorarem alguns casais que para o público ficar shippando e ter motivo para acompanhar os episódios. No caso de Friends, forçaram isso na personagem da Aniston, Rachel, que ficou naquele romance tosco e problemático com o Ross.
Ross e Rachel nada têm em comum, mas por algum motivo a série manteve isso até o final, estragou uma música do U2 usando como tema do casal e desenvolveu um romance que se poderia até considerar abusivo e é no mínimo chato e irritante. Essa relação forçada de Ross e Rachel é a pior coisa de Friends.
O grande exemplo de que é possível fazer uma ótima sitcom sem apelar para essa novelinha de casais brigando e voltando é a própria Seinfeld. Em seus dez anos de existência, Seinfeld nunca usou romances como muleta e manteve a "filosofia" de explorar situações engraçadas do cotidiano, a pura essência de uma sitcom.
Mas deixemos as queixas de lado. Deixo aqui um pouco da bela Jennifer Aniston, para vossa alegria.
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