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Bruna Surfistinha, uma mistura de erotismo, drama e comédia

Bruna Surfistinha (2011)

O cinema brasileiro tem uma fama de ser muito erótico, o que remonta aos tempos da pornochanchada. O teor sexual de Bruna Surfistinha (2011), portanto, não foi nenhuma novidade. A diferença é que o filme tem uma abordagem mais dramática e intimista, afinal trata-se de uma biografia da autora, Raquel Pacheco.

O filme baseia-se no seu livro, O Doce Veneno do Escorpião (2005), em que relata como ela, uma garota de classe média, saiu da casa dos pais e foi parar numa prostíbulo, desenvolvendo a partir daí uma carreira cheia de altos e baixos, atendendo filas de homens no "vintão" ou fazendo programas de luxo em seu caro apartamento.

Deborah Secco in Bruna Surfistinha (2011)

O livro surgiu a partir de seu blog, onde contava as experiências com os clientes com um tom de humor, daí o apelido "Surfistinha", uma gíria hoje antiquada para as pessoas que "surfam" na internet. Talvez hoje se chamasse Bruna Blogueirinha.

Ao mesmo tempo em que acompanhamos a vida difícil e até trágica da garota, também nos deparamos com umas cenas cômicas envolvendo os clientes esquisitões, cada qual com suas estranhas e às vezes hilárias preferências sexuais.

Cássio Gabus and Deborah Secco in Bruna Surfistinha (2011)
Sugar daddy.

A Déborah Secco conseguiu salvar o filme e emprestar à personagem uma profundidade emocional. Ela é uma atriz experiente e não se prendeu ao mero papel de parecer sedutora. Há um ambiente dramático, melancólico no filme, até mesmo existencial.

Bruna Surfistinha (2011)

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